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quarta-feira, 30 de maio de 2018

GATTINARA NERVI


Há muitos anos não canso de escrever que no Piemonte, além de Barolo e Barbaresco, há outras ótimas expressões de Nebbiolo.
 
 
 

Boca, Fara, Ghemme, Sizzano, Lessona, Gattinara.....

Gattinara, a única denominação digna de nota da província de Vercelli, é uma exceção naquele mar de arroz que cobre todo o território "vercellese".

A planície que caracteriza a região é famosa pela qualidade do arroz e não pela do vinho.
 

Arborio, que empresta o nome a uma ótima variedade para risotto, é mais conhecida, no mundo, do que a vizinha Gattinara (12 km) e seus vinhos.

Gattinara, com seus quase 100 hectares de vinhas, divididos entre mais de 60 viticultores e uma produção total de 350/400 mil garrafas, não é exatamente uma potência vinícola.
 

Não é uma potência, mas esbanja qualidade, qualidade que nada deve aos primos Barolo e Barbaresco.

Mais uma lengalenga de B&B?

Mais ou menos....

Acabo de ler, num jornal italiano, que a Giacomo Conterno, vinícola de grande prestígio produtora entre outros do "Monfortino", o mais badalado e mais caro Barolo da atualidade (valores sempre acima dos 1.000 Euros) comprou "Nervi" a mais antiga vinícola de Gattinara.
 

A "Nervi", com seus 27 hectares, foi fundada em 1906 e já passou por diversos proprietários.

Em 2011 um grupo de noruegueses, liderado pela família Astrup, adquiriu a vinícola piemontesa.

Erling Astrup, amigo de Roberto Conterno, em uma conversa, ventilou a possibilidade de vender a "Nervi".

Conterno, que de bobo não tem nada (quem consegue vender o Barolo pelo preço que ele vende, bobo não é), sabe que as vinhas de Gattinara produzem grandes vinhos e que os preços dos vinhedos, comparados aos das "Langhe", são ridículos.

Roberto farejou o bom negócio e sem pensar muito preencheu o cheque (o valor exato não foi declarado, mas há vozes que ventilam algo como 7/8 milhões de Euros)

Astrup conservou 10% das ações e a Conterno comandará a vinícola desde a vinificação até comercialização.

De cara a primeira providência de Roberto Conterno: Diminuir a linha de produtos.
 

Serão produzidos um Gattinara base, o "Gattinara Molsino", o "Gattinara Valferana" e um rosé.

Uma declaração de Roberto Conterno arrepiou todos meus pelos.

Leiam.

"...... Não poderei vender pelos preços atuais que considero bem abaixo do real valor dos produtos. É minha intenção incentivar o crescimento da "Nervi", com ela o Gattinara DOCG e todo o Alto Piemonte onde, na minha opinião, são produzidos vinhos de grande qualidade que ainda não são vendidos pelas cifras corretas".

Barolo Giacomo Conterno Monfortino Riserva 2010

Disponibilità: Disponibile

1.350,00 €  

Amigos, gostaria de alertar aqueles que conhecem a apreciam os vinhos do Alto Piemonte (Gattinara, Fara, Boca, Ghemme, Lessona, Bramaterra, Sizzano) para comprarem um bom estoque de garrafas pelos preços atuais (15/30 Euros).

Creiam, quando os predadores chegam o bolso chora.... Nos próximos três ou quatro anos os preços dobrarão.

 

Pelo sim, pelo não, vou fazer uma visita ao Mauro Franchino e comprar um bom estoque de seu grande Gattinara.

Bacco

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 29 de maio de 2018

CHEGARAM?


Os russos e chineses estão chegando.... Os russos e chineses já chegaram e nem deu tempo para fazer piadas...... Essa turma não brinca com dinheiro do contribuinte.

Assim como Bacco, você e eu estamos condenados a dividir o mundo com os chineses (e oh, spoiler! eles vão ganhar o mundo de nós).

Após ler com interesse, de investidor mirim e semi-quebrado, as matérias sobre Borgonha$$$ e Brunello, fiz alguns cálculos usando meu computador made in china e meu cérebro, mais limitado que computador brasileiro da década de 1980, e cheguei a algumas conclusões.

Lembra do termo P/E (price earnings) ou P/L (preço lucro) em português?

 Pois é, rapidinho achei que o P/E para Brunello hoje está bem além de 20.

 Bem mais.

Basta olhar quanto o "Consorzio Del Brunello" permite que seja produzido, de vinho por hectare, nos single vineyard ou mesmo nos blends de areas.

Dica: Entre 6.340 a 7.466 garrafas.

Usei o preço por hectare, que Bacco informa (entre 600 e 700mil euros), o preço/garrafa no atacado EUR 15.00 a 22.00 (sei que pode ser menor, mas hoje estou bonzinho nas contas) e não considerei o custo de implantação de uma vinícola nem a manutenção da mesma.

 Facam as contas com retorno líquido de 25% no investimento (bilhões adorariam ter esse ROI no mundo).

Com P/E ao redor de 20 (é até mais....) significa que, se tudo correr bem, o sujeito pagará o investimento em 20 anos.
 

A partir do 21º, o que sobrar, será lucro.

Há motivos mil para justificar uma aquisição dessa natureza.

 Tanto Mr. Xing Lee, quanto camarada Huanov, podem estar querendo mostrar à sociedade que são ricos, que foram influenciados pelas amantes para comprar terras ou vinícolas... ou, talvez, que o dinheiro veio muito fácil e está sobrando.

 É mole comprar e pagar caro com dinheiro alheio......

 
 Bons tempos que lavanderia chinesa era somente aquela biboca lá perto de casa.

Infelizmente não obtive dados sobre compras de vinhedos ou vinícolas gauchas por russos e chineses antes do fechamento dessa edição.

Como não descobriram, ainda, nosso excepcional território vinícola?

 
 

Meu ponto final: Mesmo com a enxurrada de corrupção e dinheiro fácil no bananal, não se sabe de nenhum político ou lixo similar que saiu às compras na França ou na Italia.

A única vez que soubemos que políticos-lixo fizeram farra com nosso dinheiro foi em uma festa com guardanapos em Paris ou aquelas coisas imbecis que a dilma (com d minusculo) fez em hotéis lá na terra de Cabral (não o ministro que pegou a Zélia, mas o marinheiro).

 
O outro pegou um sítio (que não é dele) como pagamento por serviços prestados.

Nem para comprar uma fazenda em Minas, com cana para produzir cachaça, essa gente presta.

Tivemos rei do camarote, Ai-que-Batista, com Lamborghini na entrada da casa... e muito mais.

 A única iniciativa privada (sem trocadilho) que chegou à minha pessoa foi a do já saudoso Carlos Galvão Bueno que entrou na atividade eno-porno, como já falado nesse blog.
http://baccoebocca-us.blogspot.it/2014/03/galvao-e-seu-brunello-porno.html
 
 

Nossa cultura banânica não tem bom gosto nem nas épocas de dinheiro fácil.

 Se a Argentina começar a exportar travecos e espumantes para a Europa estaremos perdidos: perderíamos os últimos motivos de orgulho da nação.

Bonzo

sexta-feira, 25 de maio de 2018

NÃO DEU...FICA PRA PRÓXIMA....VALEU....


Sem festa, sem taças titilantes e de forma melancólica, como de costume, chegou ao final, para os "Nossos Representantes", o concurso canadense que premiou os três melhores sommeliers das Américas

A grande ausência, a mais sentida: O melhor abridor de garrafas da Venezuela.
 
 

A importância do concurso e de outros do gênero é um mistério, para mim.

Para que serve?

Para quem serve?

A quem interessa, além dos membros do seleto clube dos sommeliers?

 
Nunca tive o menor interesse em saber o nome, o currículo, os prêmios conquistados e as qualificações do sommelier que me serviu ou indicou o vinho.

Sempre tive o prazer, isto sim, de ser atendido por um profissional competente e educado.

No Brasil, infelizmente, há uma necessidade quase doentia de endeusar os profissionais do vinho.
 

Há alguns anos (atualmente o fenômeno esfriou) o enólogo era o centro das atenções, um semideus

Qualquer profissional estrangeiro, que nos visitasse , era reverenciado e endeusado por revistas, blogs, sites, associações (ABS, SBAV....), enófilos etc. como se fosse uma pop star.

Se o Michel-Rolando-Lero, aquele enólogo das 400 etiquetas e que teve a coragem de assinar os vinhos da Miolo, soltasse um pum, virava notícia.

A Miolo mandou o Michel procurar outros cheques em outras adegas e a rapaziada já não venera nem reverencia o enólogo como se artista fosse.

O enólogo nunca foi um artista, assim como nunca o será um sommelier.

O sommelier, nem nos restaurantes, é a "estrela" de primeira grandeza.

O maitre é a estrela.

Encontrar um bom sommelier, nos restaurantes do Brasil, é raridade.

 Todos querem faturar com aulas de degustações, ministrando cursos, participando de concursos, dando consultoria, fazendo propaganda (levando uma graninha para indicar esta ou aquela garrafa, desta ou daquela vinícola ou importadora) etc.

Voltam, os nossos "heróis", da aventura canadense, como sempre, com o rabo no meio das pernas e sem algum retorno para os que financiaram a viagem.

"Não deu", "Vou continuar estudando", "Fica para a próxima".....

Vamos falar claro..... Além de alguns amigos do Facebook, Instagram, Twitter, meia dúzia de puxa saco do setor, quem mais se interessou pelo resultado do "Pan-Americano"?

Uma última pergunta: Não conheço nenhum concurso para premiar o melhor dentista, melhor entregador de pizza, melhor bibliotecário, melhor advogado, melhor contador, melhor oculista.....

Os sommeliers são tão importantes assim?

Dionísio

 

 

quinta-feira, 24 de maio de 2018

GIOVANNI MANZONE


Retardei, de propósito, minha partida de Perno para poder visitar, na tarda manhã, a vinícola "Giovanni Manzone".

Uma bela caminhada matinal, ducha, barba feita, uma enrolada para bater fotos e..... perto das 10,30 entrava na "Giovanni Manzone".
 

Recebido calorosamente por Mauro fui direto ao assunto: Comprar algumas garrafas de "Rossese Bianco" e "Barolo Gramolere".

Enquanto degustava os dois vinhos a conversa fluía.

Amenidades, indagações sobre o "Rossese Bianco", considerações acerca do "Gramolere" e..... "Gosto muito do Gramolere do Alessandria de Verduno".

Ao ouvir minhas palavras Mauro sorriu "Pudera é originário das mesmas vinhas do nosso"
 

Olhei para Mauro que continuou "Minha tia, Flavia, irmã de meu pai, ao se casar com Gian Alessandria, levou, como dote, uma parte das vinhas do Gramolere. Os vinhos são muito parecidos".

Mais uma surpresa que explicava meu entusiasmo pelo Barolo dos Manzone.

Os Manzone são "Barolistas Tradicionalistas" exatamente como eu gosto e seu Gramolere reflete a potência típica das terras de Monforte D'Alba, que disputa com Serralunga D'Alba, o pódio dos Barolo mais longevos.
 

A potência, transmitida pelas características do terreno, não interfere na elegância e fineza dos aromas frutados e balsâmicos.

Na boca é fácil perceber a austeridade, a grande estrutura, o equilíbrio, a e complexidade.
 

 O final? Bem, o final quase inexiste......

Grande vinho que custou exatos 33 Euros.

O Langhe Rossese Bianco "Rosserto" merece um pouco mais atenção.

Comentei que conhecia bem o tinto "Rossese di Dolceacqua", mas jamais havia bebido o "Rossese Bianco".

Mauro, pacientemente, explicou que a casta, provavelmente originária das "Cinque Terre", fora "importada" em tempos remotos, mas perdeu espaço por sua baixa produtividade.
 

Os Manzone resgataram o Rossese Bianco da extinção e começaram a vinificá-lo, normalmente, a partir de 1982.

O "Rosserto" apresenta na cor amarelo-palha, aromas florais sutis, boa estrutura.

  Agradável ao paladar (não cansa) é fresco, persistente e envelhece muito bem.
 

O "Rossese Bianco" é mais uma casta resgatada ,assim como a Pelaverga, Gamba di Pernice, Timorasso e certamente alegrará as taças dos enófilos que buscam bons vinhos e não etiquetas famosas.

Bacco

 

 

segunda-feira, 21 de maio de 2018

PERNO



As aldeias das "Langhe" são dezenas.
 Em quase todas há um castelo, nenhuma possui mais de 3.000 habitantes e seus territórios são compostos de pequenos distritos que em italiano se chamam "frazione (i)".



No início do ano resolvi e não me perguntem a razão, me hospedar, por alguns dias, em Perno.

Perno é um minúsculo distrito de Monforte D'Alba.

Pouco mais de 50 casas, menos de 100 habitantes.

 Em suas colinas, todavia, nascem grandes Barolo e, no pequeno centro, há 4 bons agros-turismos, dois ótimos restaurantes e, ainda bem, nenhum chinês.....

 

Os restaurantes, que recomendo com entusiasmo: "L'Arco dei Nobili" e "La Repubblica di Perno".

"L'Arco dei Nobili", aos pés do castelo de Perno, é tocado, magistralmente, por Angela e o marido Marco

 

Angela, durantes longos anos, foi ajudante de Gianni Cauda na administração das panelas do consagrado "Dai Bercau" de Verduno.

Angela e Marco realizam, no "L'Arco dei Nobili", uma cozinha tradicional, sem muitas inovações, mas de grande qualidade. Confira.

As panelas da "La Repubblica di Perno" são tocadas por Marco Forneris.

Marco é um grande cozinheiro e demonstrou suas qualidades no famoso restaurante "La Libera" de Alba, onde foi sócio.

Ao vender "La Libera", Forneris, foi contratado, como chef, e assumiu a cozinha do estrelado Michelin "La Rei" de Serralunga D'Alba.

Marco privilegia a cozinha tradicional com toques de rara inventiva. Confira.

Nas três ocasiões, em que estive nos dois locais, vivi agradáveis surpresas saboreando pratos e, especialmente, esvaziando taças.

No "L'Arco dei Nobili", no aperitivo, antes do almoço, pedi um vinho branco sem especificar a casta ou o produtor.

Apenas um vinho branco.

Ao levar a taça ao nariz, a primeira surpresa.

 Aromas sutis de flores e cítricos revelavam um vinho nada comum ou banal.

Na boca, a certeza: Estava bebendo um belo branco.

Pedi para ver a garrafa e mais uma surpresa: "Langhe Rossese Bianco" produzido, em Perno, pela vinícola Giovanni Manzone.

Uma pequena pausa....

Quando recusei atender ao pedido de Walter para apontar os 10 melhores vinhos tintos italianos declarei que não me sentia seguro e nem capacitado para a tarefa.

O universo vinícola italiano é rico, vastíssimo e complexo.

Seria muita picaretagem posar de "sumidade" para enganar os que ainda conseguem ler minhas cantilenas.

Seria mais um enganador, um palhaço..... um Bilu-Didu-Tetéia-da-Vida.

Resolvi restringir a lista e elencar os vinhos do Piemonte onde eu declarava possuir vastos conhecimentos.

Enquanto olhava para a garrafa de "Langhe Rossese Bianco" percebi que meus "vastos conhecimentos" escorriam para o ralo.

O jantar, no "Repubblica di Perno", me reservou outra surpresa.

A noite chuvosa, o clima frio e os pratos muito condimentados, da tradicional cozinha piemontesa, pediam um bom tinto local.

Revelei meu desejo e me foi servida uma taça de Barolo e...... que Barolo.

A primeira taça evaporou rapidamente.

 Veio a segunda.

Não contente, ordenei a terceira e antes que minha mente e olhos falhassem, pedi para ver a garrafa.

Surpresa!

O "Barolo Gramolere 2012" , que tanto me empolgara, era produzido em Perno por Giovanni Manzone a mesma vinícola do ótimo "Langhe Rossese Bianco".

Terminei o jantar e mais leve do que nunca, enfrentei os 50 passos que separavam de minha cama.

 

Próxima matéria: Visitando a "Giovanni Manzone" para descobrir mais sobre o "Barolo Gramolere" e o "Rossese Bianco"

Bacco

 

 

sexta-feira, 18 de maio de 2018

PANGLOSS-VIRUS






Lembram do doutor Pangloss, personagem do livro "Cândido" do genialVoltaire?
 
 
 


Pois é, parece que Pangloss continua "vivo", atual e, assim como um vírus, ataca as mentes menos protegidas que ignoram, ou querem ignorar, a realidade.

O "Pangloss-Virus" parece ter atingido severamente os neurônios do nosso sommelier campeão.

Como se não bastassem as ameaças de me levar aos tribunais (quantas saudades da inquisição....) o mais premiado abridor de garrafas do Brasil, em sua catilinária, continua acerbo, agressivo, contundente e diria.....  Profético, até, ma non troppo

 

 "O mundo do vinho no Brasil, lentamente, está mudando, sim! E você gostando, ou não, profissionais como a Gabriele Frizon, a Daniela Bravin e eu somos parte dessa mudança. O primeiro aspecto dessa mudança, é que não aceitamos mais donos da verdade, pq vinho é bebida e prazer, não religião. Mais uma vez, com sua postura obtusa, você se coloca no mesmíssimo nível dos enotontos que tanto critica".

Foi exatamente este trecho que me convenceu: O cérebro do nosso rei das taças foi atacado pelo "Pangloss-Virus".

Não conheço os dois asseclas, Frizon & Bravin (dupla sertaneja?), mas acredito que ambos se deliciem, o dia inteiro, ouvindo Edith Piaf em "La Vie en Rose".

https://www.youtube.com/watch?v=tW892QvetRg&list=RDtW892QvetRg&start_radio=1#t=0

Infelizmente, para o trio róseo, as mudanças, no mundo do vinho brasileiro estão ocorrendo, sim, mas para pior.

Infelizmente, mais uma vez, nem nosso sacador de excelsas rolhas, nem a dupla Frizon & Bravin e apesar de mim, o cenário do vinho, no Brasil, nada tem de rosa; está mais para cinza-chumbo

Alguns dados:

Comercialização de vinhos brasileiros no mercado interno (em litros) de janeiro a junho
 
2016
2017
2017/2016
Vinhos tranquilos
97.452.399
88.010.459
- 9,69%
Espumantes
4.581.555
3.966.933
- 13,42%
Suco de uva 100%
46.619.421
44.869.217
- 3,75%
Total global
148.653.375
136.846.609
- 7,94%

Fonte: Cadastro Vinícola – Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi-RS)  

 Nosso Pangloss vinícola deve estar orgulhoso com a mudança na comercialização de vinhos brasileiro no mercando interno: em 2016/2017 as vendas caíram 8%
 

Nem os elogios ao Marselan e ao Talento conseguiram frear a onda cinza-chumbo que ameaça o mercado nacional.

Vejamos agora a foto que copiei do jornal espanhol "El Pais"

 


O nosso campeão e seus asseclas, para consolidar as mudanças em curso, precisarão viver, mais ou menos, até o ano de 2185 para ver o Brasil alcançar o consumo de vinho do Paraguai que é de 5,25 litros per capita.

Mas há uma má notícia: A média do consumo nacional, de quase 2 litros, cai para apenas 0,7 litros per capita se forem excluídos, das estatísticas, os vinhos de garrafão (Sangue de Boi, Mioranza, Cantina da Serra, Chalise e outras raridades de nossa viticultura)

Não acredito, então, gostando eu, ou não, que o trio de profissionais
 "La Vie en Rose" consiga, com seus cursos (que custam uma grana preta), mudar a cor cinza-chumbo do mercado vinícola brasileiro.

Brasileiro, gostem, ou não, nossos irados sommeliers,  adora cerveja
 e....... estamos conversados.
 

Dionísio.