Facebook


Pesquisar no blog

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

BENVENUTO BRUNELLO 2018


"Benvenuto Brunello 2018" começou no dia 16 e terminou em 19 de fevereiro.

"Benvenuto Brunello" é a feira-festa anual onde é apresentado o famoso vinho toscano engarrafado cinco anos antes.

O "Benvenuto Brunello 2018" dá boas vindas ao vinho, de Montalcino, de 2013.

Números, como de costume, estonteantes: O faturamento da denominação, em 2017, foi de 180 milhões de Euros.

Dos 9 milhões de garrafas, 70% foram exportados (30% Estados Unidos, 20% Europa, 12% Canadá e 8% restantes nos outros mercados).

 O número de eno-turistas, que visitaram Montalcino em 2017, foi de aproximadamente 1.500.000 (+ 25% que em 2016)


 

É fácil perceber, então, quanto o Brunello di Montalcino representa para a economia da região.

A safra 2013 foi boa, mas de qualidade inferior a de 2012 e, apesar da qualidade não excelsa, não espere preços mais baixos.... Os russos e chineses adoram o Brunello.

O grande vinho toscano, um dos mais conhecidos e badalados do mundo, segue sua trajetória de sucesso apesar dos problemas causados por alguns picaretas..... Lembram do "Cabernello di Montalcino" das vinícolas Banfi, Antinori, Casanova di Neri, Frescobaldi, Argiano que falsificaram o Sangiovese Grosso com a adição de Cabernet Sauvignon e Merlot?
 

O Brunello sobreviveu aos picaretas e continuou sua vitoriosa ascensão.

Mas o Brunello foi sempre um sucesso?

Não!

O vinho de sucesso, na região de Montalcino, até o século XIX era o Moscadello.

O Moscadello, vinho branco, doce, levemente frisante, pouco alcoólico, produzido com uva Moscato, era o mais consumido e apreciado na região.
 

É preciso esperar até meados de 1800 para encontrar a palavra "Brunello", mas não uma clara referência ao vinho e, sim à uva Sangiovese assim conhecida em Montalcino.

 Naqueles anos, o tinto produzido com a Brunello e uma pequena percentagem de uva branca, não tinha as características hodiernas de grande estrutura, grande corpo e aptidão ao envelhecimento, muito pelo contrário, era um vinho que devia ser bebido bem jovem, leve, quase suave.

A enologia estava gatinhando, mas alguns viticultores já percebiam que algo deveria ser mudado.

Um desses viticultores foi Ferruccio Biondi-Santi.
 

Ferruccio começou selecionar com mais cuidado os clones de Sangiovese Grosso (Brunello), limitou a quantidade de cachos nas videiras, e iniciou uma seleção das melhores uvas para a vinificação.

Na adega efetuou extenuantes experiências e demonstrou que o "Brunello" poderia ser vinificada sem a presença das uvas brancas.

Durante a fermentação, para extrair aromas e doar estrutura, Ferruccio deixou o vinho em contacto com as cascas por longo tempo, afinou o Brunello, durante anos, em grandes tonéis de madeira até conseguir realizar, em 1888, seu primeiro grande "Brunello di Montalcino".
 
 

Da safra mítica, de 1888, ainda restam algumas garrafas guardadas nas adegas da "Tenuta il Greppo".

O restante da historia é bem mais fácil, conhecida e até o "professor" do seu curso poderá comentar (será?)

Uma ultima informação: O Brunello di Montalcino, conhecido e reconhecido como um dos melhores vinhos do planeta, produzido em pouco mais de 2.000 hectares, hectares cujo valor médio é de 600/700 mil Euros, envelhece e afina durante 5 longos anos antes de ser comercializado e pode ser encontrado nas enotecas por 25/35 Euros (R$ 100/140)

O "Grande Vindima Tannat", da predadora Lídio Carraro, com seus hiperbólicos e insanos 16º de álcool, custa, no "mercado dos eno-idiotas", R$ 250,00.

 

Quando leio que a viticultura brasileira está em crise, só posso declarar: Eles merecem.......

Bacco

 

 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

CORNO MANSO


"Tenho comprado o Trio Branco da Concha y Toro por 40 reais e ando bem feliz".
 
 

Um comentário, em B&B, que retrata bem o porquê das empresas empurrarem tanto lixo aos consumidores.

Estou pegando um comentário como exemplo, mas, certamente e pelo mundo afora, encontraríamos consumidores com mesmo comportamento; gente que não se preocupa como, onde, nas mãos de quem, os produtos são produzidos, manufaturados ou montados.
 
 

Minha crítica vai desde as roupas feitas por trabalhadores "escravos" na China, Brasil, Coréia do Norte, passando por processamento de frutas e verduras, cerveja, vinho, sucos em pó, carnes, combustíveis, remédios (alguém lembra a pílula de farinha, ou acha que aquele caso foi único?), carros com software que polui mais que o permitido,  café com vassoura queimada e moída, presunto tipo isso, queijo tipo aquilo, etc. etc. etc.

Enquanto houver gente feliz comprando contrabando falsificado, bebendo quase-vinho, tomando água mineral engarrafada na serra de Santos proveniente daqueles canos maravilhosos à beira da "Imigrantes", usando pneu semi-usado da china, não sairemos desse lodo.

Jamais saberemos se o comentário acima era troll, mas infelizmente concluímos que há, espalhados pelo mundo, milhões e milhões desses "conformados e felizes".

No caso do vinho é bom lembrar que em cada garrafa sempre há a chance de aprendermos mais e mais com a bebida.
 

 Como foi feito o vinho, quais uvas, qual temperatura ideal, qual taça deve ser usada, qual o grau de “pureza", não conhecia essa região, não sabia que poderia harmonizá-lo com essa ou aquela comida etc. etc. etc.

Enfim, em cada garrafa há um mundo de novas descobertas, boas ou nem tanto.....

 Em cada comentário um aprendizado.

Tomar vinhos vagabundos, seja de onde for, não denota burrice letal, mas consolida um possível mau gosto permanente, preguiça em aprender, bovinidade, complacência.

No mundo, levemente mais evoluído, sommerdiers e vinícolas estão passando apertado com o nível de conhecimento cada vez maior dos consumidores. 
 

O vinho "lixo", em países subdesenvolvidos, parece estar com mercado garantido por mais algum tempo, mas resta a esperança que sofredores compulsivos e aqueles que têm preguiça em aprender, caminhem para ser uma minoria que míngua visivelmente. 

Adoraria ver a cara de bunda dessa turma do "Bananal" que vendeu , durante décadas "lixo quase vinho" quando constatar que suas garrafas estão sobrando nas prateleiras e que os bêbados de plantão exigem , sim, vinhos baratos, mas, bebíveis

Em tempo: há vinhos que não deveríamos beber nem de graça.
 

 R$ 40.00 continua sendo um valor irreal para todos eles.

Aliás, R$ 30 e R$ 20, também.

Eu caminho feliz sabendo que estão tentando me enganar em cada esquina, mas não sem alguma luta.

Como diria Zaratustra: corno manso, nunca.
 

Bozo

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

BORGONHA $$$$


 


Nunca escondi que Piemonte, Toscana, Alsácia e Borgonha são as regiões vinícolas que mais conheço e aprecio.
 
 
 
 
 

Continuo considerando o Champagne como melhor vinho do planeta, mas devo confessar não dominar, seus vinhedos, com a mesma segurança das regiões acima enumeradas.

Não recordo quantas vezes já visitei a Borgonha, mas posso arriscar que o número alcança dois abundantes dígitos.....

Fascinação pelo vinho, gastronomia, território, admiração pelo estilo de vida quase calvinista de seus "vignerons" etc. sempre me "obrigaram" a percorrer a região duas ou três vezes ao ano.
 

Foram tantas viagens que, há anos, já não necessito de GPS para percorrer as estradas da Borgonha.

De Mâcon a Vergisson, de Solutré-Poilly a Pierreclos, de Chablis a Beaune, de Mercurey a Santenay, de Morey-Saint-Denis a Saint Aubin etc. não há estrada que eu desconheça e não tenha percorrido.
 

O que me assusta, atualmente, é quanto custa uma semana de Borgonha.

Vamos começar pelo preço do vinho, em taça, nos bares de Beaune e arredores.

Na capital da Côte d'Or não se consegue beber uma taça de vinho mediano, mas mediano mesmo, com menos de 10 Euros.
 

Se o desejo é forte e o cartão estiver dormindo, você pode preparar 15 Euros para poder degustar um 1er Cru.

Um 1er Cru, sim, mas nada excepcional.

Grand Cru?

Nem pensar.

Beber Grand Cru é uma exclusividade reservada para brasileiros pilantras do tipo "Farra dos Guardanapos".
 

Comer bem, bebendo uma boa garrafa, na Borgonha, requer um súbito ataque de amnésia: É preciso esquecer o estrato do cartão que estará à nossa espera ao voltarmos.

Vamos agora comentar o principal motivo da viagem: Compra de garrafas.

A "Lava Jato" inibiu políticos, lobistas, diretores de empresas, funcionários públicos, diretores de estatais etc., do Brasil, que já não são vistos, com a mesma frequência, nos restaurantes estrelados e nas adegas premiadas da região.
 

Os brasileiros já não são os espalhafatosos, barulhentos, gastadores e alegres "d'antan".

São raros, comportados e o Euro, de 4 Reais, os tornou mais comedidos, mais discretos.

Uma praga se vai, outra, ou outras, aparece(m).

 Mon Dieu!

Chineses e russos
 
 

Eu que praguejava contra os novos ricos brasileiros, hoje sinto saudades deles..... Os chineses e russos chutaram os preços dos vinhos da Côte d'Or para o espaço.

Alguns números: O "Bâtard Montrachet Grand Cru" que a vinícola Pernot, de Puligny-Montrachet, vendia, em 2015, por 80 Euros, custa, atualmente, 155 Euros.

O "Meursault Perriere 1er Cru" da Matrot, que por 40 Euros ia sorridente para o porta-malas do meu carro, hoje somente se entrega por 70.

Bruno Colin que, alegremente, me vendia seu ótimo Puligny-Montrachet "La Truffiere 1er Cru" por 45 Euros, hoje faz doce para vendê-lo por 85.

O Jean Claude Bachelet?

Bem, o Bachelet ,como de costume, nem me recebeu.

 
Os chineses são tão importantes e bajulados, na região, que na "Caveau de Chassagne-Montrachet" há uma vendedora chinesa que não sabe nada de vinho, mas entende e fala chinês...

Estou pensando em fazer uma cirurgia para amendoar os olhos e aprender a tocar balalaika.
 

Nem tudo, todavia, é tristeza.

A gastronomia, apesar de caríssima, continua excelente e a inventiva dos chefes franceses incomparável.
 

Uma descoberta muito mais que interessante: "La Maison du Colombier"

Bem no centro de Beaune "La Maison du Colombier", misto de bar e restaurante, oferece uma carta com mais de 60 páginas e uma grande seleção de vinhos em taça.
 

Esqueça os preços e mergulhe em um ambiente aconchegante, bem cuidado e informal onde o chef, em uma minúscula cozinha, realiza pratos incríveis.

Minha melhor descoberta dos últimos anos em Beaune

Não perca.

Bacco

 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

ROLAND BARTHES



Nos gloriosos, "ma non troppo", anos 60 , quando um jovem queria "aparecer" para as moçoilas , deveria pertencer , se possível, à esquerda festiva, decorar algumas frases ou conceitos de Gramsci, Marcuse e odiar o establishment.
 
 
 

No final dos 60 Gramsci e Marcuse foram destronados e abandonados pelos jovens "intelectuais" de esquerda.

A razão?

Todo mundo tratava Gramsci e Marcuse como se fossem íntimos amigos de botecos.

Nos anos 70 o "papo cabeça", a nova moda: Semiótica, semiologia e concretismo.

Marcuse e Gramsci, devidamente aposentados, deixaram a vitrine para Roland Barthes, Umberto Eco, Decio Pignatari, Claude Levi-Strauss, Augusto e Haroldo de Campos e outros.
 

Ai de quem não tivesse lido, pelo menos, as orelhas de algum livro dos nomes que citei........ Não comia ninguém.

A moda passou e já não é obrigatório conhecer Gramsci, Eco, Levi-Strauss e companhia bela, para ter sucesso.

Hoje para ter sucesso é bem mais fácil: É preciso "entender" de vinhos.
 
 

Não é necessário ser um experto e profundo conhecedor, basta ter um olho , assim como Polifemo, que o sucesso é garantido.

Mesmo que você não seja um grande expert de vinhos há expedientes que podem, facilmente,  lhe abrir as portas do sucesso.

1º Escrever um monte de bobagens sobre aromas recônditos e improváveis

Alguns exemplos (leia com atenção para não perder a oportunidade de aprender como enganar os otários (as):

Porque este 1982 não tem 100 pontos, indagou um amigo depois do primeiro gole. Um Haut Brion gustativa e olfativamente sublime, com aquele sabor de mel de estrebaria, ou seja, geléias e licores de frutas em meio fumaça de charuto num fim de tarde ao lado de um estábulo. Talvez por isso, por já estar no seu apogeu, diferentemente dos outros 1º cru da mesma safra, tais Mouton, Lafite, Latour, que precisam pelo menos 10 anos mais para seus apogeus. Pois é, tão bom assim, estando tão jovem, talvez não mereça 100, mas, quem sabe Parker ouça nossas impressões e o promova para 99,5. Rss  Seguir 

 

Mais uma pérola

Velhinho Ch Latour 80 deleitosamente evoluído: cheira peixe de rio. Barro, metálico. Pimenta seca. Outras especiarias. Firme forte fino 12:26 PM Mar 8th via Twitter for iPhone

Outra mais

Ch Lafite 90, olores de bolores couro e ouriço de mar, bem firme( jovem). Vega Sicilia 90, baunilha cocada preta terra molhada( velho) 9:45 PM Mar 10th via web

Pronto você já está quase apto a disputar o titulo de "melhor sommerdier do Brasil" como Beato Tropeço Salu autor das belíssimas descrições acima reproduzidas.
 

Eu disse quase?

Pois é....... não vai ser fácil.

Já não basta detectar numa taça a cocada preta, olores de bolores, ouriço do mar, fumaça de charuto num final de tarde ao lado de um estábulo, é preciso voltar aos anos 70 e atacar de Roland Barthes.

O Beato Salu deixa o estábulo e dá um show de conhecimentos
"semi-óticos"
 

 manoelbeato@juucarani é profissional que preza o aprofundamento no mundo dos vinhos e de tudo que o cerca. Prova atentamente, cria caminhos novos para nos fazer melhor compreender a genealogia de tudo que concerne o saber comer, beber, viver. Dirige com esmero o @vinobeato e nalguns momentos de lazer como esse, procura novas veredas de saberes e sabores. É nesse livro-aula-conferência que Roland Barthes descreve impecavelmente a palavra Sapientia( lembrando que saber e sabor se originam da mesma raiz. Assim ele diz: “Nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível.”
Ju Carani sabe seguir nesse sentido. Hoje estaremos juntos com a Bodega do Beato
#bodegadobeato apresentando e servindo vários vinhos de grande valor. Acompanhem no @vinobeato
 

Bem, agora basta você atacar de Wikipédia, decorar algumas frases do Barthes, mesmo que não signifiquem nada para os enófilos e...... Aqui vai uma dica

“A doença de Michelet é a enxaqueca, esse misto de ofuscamento e náusea.”

Ok você já pode se desbancar o Beato Rolando Lero o grande intelectual do vinho.

Minto .... Para você provar que é um verdadeiro intelectual do vinho precisa ir à Borgonha e, para deleite e delírio dos franceses, escalar crucifixos medievais.
 

Dionísio

 

 

 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

RUBESCO


 


A Úmbria, região central da Itália, é mais conhecida por seus santos e terremotos do que por seus vinhos.

San Francesco de Assisi, Santa Rita di Cascia, San Benedetto di Norcia, talvez mais ocupados em outros milagres, não pouparam suas e outras cidades da Úmbria de serem destruídas, ou quase, pelo terremoto de 2016.

Os santos mais desatentos da região foram São Benedito que deixou Norcia e a basílica, erguida em sua homenagem, serem arrasadas, e San Francesco que não se incomodou com a parcial destruição de sua igreja em Assisi.
 
 

Mas deixemos as tragédias e falemos de vinho.

O vinho mais conhecido da Úmbria é, sem duvidas, o Orvieto, seguido pelo Sagrantino di Montefalco e pelo recém valorizado Grechetto.

Orvieto e Grechetto vinhos brancos agradáveis, bons para o dia-dia, baratos, mas longe de empolgarem.
 

Sagrantino di Montefalco, tinto de boa estrutura, foi "empurrado", por algumas canetas de aluguel, pagas por Arnaldo Caprai, para os mais altos degraus vinícolas italianos, mas não resistiu.

Caprai, durante uma década ou um pouco mais, ganhou um bom dinheiro, mas seu Sagrantino não teve a mesma sorte dos Supertuscans e hoje convive e disputa o mercado na faixa dos vinhos médios de onde nunca deveria ter saído.

Um grande vinho umbro?
 

"Torgiano"

Nunca ouviu falar?

Nunca provou?

Não se preocupe..... apesar de a Mistral importar o Torgiano, você está na companhia de 99% de nossos sommeliers e "professores" de cursos sobre vinhos que nem sabem que "TORGIANO" é nome de vinho e de um grande vinho.
 

O melhor Torgiano, que já bebi, foi o "Rubesco Rosso Riserva Vigna Monticchio" da vinícola Lungarotti, mas hoje comentarei seu irmão mais barato e mais popular: "RUBESCO DOC"

A Lungarotti, proprietária de 250 hectares de vinhas, em Torgiano e Montefalco (Úmbria), não é exatamente uma pequena vinícola.

A Lungarotti produz, em média, 2,5 milhões de garrafas e exporta para mais de 50 países, entre os quais, como já afirmei, o Brasil.

Apesar de sua grande produção a Lungarotti consegue, com seu Torgiano, uma qualidade surpreendente, ainda mais surpreendente se levarmos em conta o baixo preço do "Rubesco" DOC: 6-7 Euros.

 
 

Rubesco Lungarotti 2013  

Disponibilità: Disponibile                           
Special Price 6,40 €                                        


O Rubesco, vinificado com uvas Sangiovese e uma pequena parcela de Colorino, apresenta uma bela cor rubi com tendência grená.

No nariz é possível perceber a rosa, as especiarias (pimenta em particular).

Na boca é harmônico, fresco, fácil de beber (não cansa) e surpreende pelo longo retrogosto frutado.

Um belo vinho que recomendo com entusiasmo.

Um entusiasmo que o consumidor brasileiro freará quando souber que a Mistral somente entregará uma garrafa de "Rubesco" por salgados R$ 153.
 

É sempre bom lembrar que nas prateleiras das enotecas italianas o "Rubesco" pode ser facilmente encontrado por 6 Euros o que nos leva a crer que a Lungarotti o vende, para os comerciantes, por não mais do que 3,5 Euros.

Um pequeno cálculo: 3,5 X 4 = 14 R$

R$ 14 (um pouco mais um pouco menos) é quanto a Mistral paga à Lungarotti

Agora faça a conta quanto fatura a Mistral e esqueça a lengalenga do Bilu Didu Teteia, "palhaço propaganda" da importadora, sobre custos do transporte, impostos, estoque, juros etc.
 

Mais uma coisa: A Mistral e seus "sommerdiers", na descrição do Rubesco, erram ao incluir a Canaiolo na vinificação do vinho

Alô, alô sommerdiers da Mistral, nem copiar vocês sabem?

Bacco