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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

CINCO MINUTOS



Consegui uma boquinha para falar, aos coleguinhas de classe, durante 5 minutos sobre Brasil e seus vinhos.

Algumas escolas acreditam que, para um profissional enólogo ser mais completo, é preciso passar por aulas de história do vinho, harmonização, geografia, análise sensorial, visual, etc.
 

Para não fazer feio li um pouco do que consta no website da ibravin

(Entre no site , clique em Brasil vinícola e em seguida em "História do Vinho no Brasil)

O país mais uma vez me surpreende.

Os números dos vinhos, importados ou produzidos no Brasil, com uvas americanas ou viníferas, são piores do que imaginava, mas uma coisa chamou minha atenção: A idade da história, do vinho no Brasil, as intervenções mil, de Portugal, depois do getulismo, a busca por novas áreas de receita por parte de multinacionais que se instalaram no país, é mais antiga do que eu supunha.

Tive 5 minutos de espaço para falar de história, geografia e tradição de vinhos no Brasil.

5 minutos.

Entenderam o quanto significamos?
 
 

 Nada!

2017 foi, no geral, mais um ano difícil para o setor.

 Foi outro ano de limpeza de estoque e guerra de preços, torcendo pela quebra do concorrente, aumentos de impostos, câmbio não amigável (euro subiu em relação ao green black) o que garantiu preços mais altos e uma pequena recuperação na Europa.

 Os preços se firmaram em patamares mais perto da realidade e nossos consumidores se acostumaram  com vinhos mais baratos e de qualidade inferior (para mim essa tendência está se consolidando e tenho calafrios que isso fique assim por mais um bom tempo).

Em 2017 tivemos mais um final de ano sem farta  distribuição  de cestas de natal para políticos.
 

 A Lava [a] Jato faz muito bem ao país, mas, para quem dependia das cestas da corrupção para final de ano abonado, foi uma pancada.

Desde 1532 (pouco antes de Ribamar Sarney nascer, portanto) se tenta implantar uma pujante  indústria de vinhos no país.

 A favor da produção de vinho, no país, existem poucos motivos, mas contra há um monte: natureza, recursos humanos (incluo todos profissionais do vinho, desde a produção passando pelo varejo, cursos, restaurantes etc.), governos sedentos por arrecadar mais e mais e, finalmente, o próprio mercado.
 

 Se tivéssemos sido colônia inglesa, como foi Portugal, teríamos, hoje, algo semelhante ao Porto ou Madeira para nos orgulhar... nem isso o destino nos reservou.

Esperarei sentado o aparecimento de  melhores profissionais e consumidores para poder adicionar 1 minuto à minha próxima apresentação sobre Brasil.

Bonzo

9 comentários:

  1. espero que você tenha ilustrado seus cinco minutos com uma apresentação no Powerpoint estilo PGR/PF de Curitiba. picaretagem política por picaretagem vinícola da turma de Bento Gonçalves, dá quase na mesma, só muda o tamanho...

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  2. Portugal foi colônia inglesa?

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    Respostas
    1. Claro que foi. Leia qualquer livro de historia. E continua sendo.

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    2. desde 1640, quando aceitou essa condição para se livrar da Espanha.

      além disso, Portugal é o único país da Europa Ocidental que NUNCA entrou em guerra contra a Inglaterra. mais fiel que a própria Escócia.

      se ainda houver alguma dúvida de que Portugal foi colônia inglesa, veja o ultimato que o país tomou lá por 1880, 1890, sobre a pretensão de "pegar" o Zimbábue como corredor entre Angola e Moçambique. já pensou se tivessem pego? nunca teríamos o Mugabe. Portugal se deu bem nessa.

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    3. Confundir colônia com aliança é grave! Por muito que se tente falar alto.

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    4. nesse caso, a aliança está mais para uma parceria Caracu, por isso a "colônia" (não sei se você percebeu, mas há ironia na coisa).

      a propósito, nessa parceria Caracu, a Inglaterra entrou com a cara.

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    5. Um portugues jingoista é tudo que faltava existir. Nem farei piadas (se dice broma o chiste en español) com cabeca de bacalhau.

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    6. Pelo que me consta a Inglaterra entrou com a cara e o Brasil com o resto.

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