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sábado, 18 de novembro de 2017

MORGADO DE SILGUEIROS


Acompanhei com vivo interesse a onda de protestos e as palmas de aprovação, que a matéria "Os Eno-Idiotas" provocou no Facebook e nos comentários do blog.
 

A maior parte das "broncas" nasce, na opinião dos "puristas-não- me-toques", na forma desrespeitosa com a qual tratei os produtores nacionais e seus quase-vinhos.

Os "eno-patridiotas" (é assim que defino, há quase vinte anos, os incondicionais admiradores e defensores dos vinhos nacionais) se preocupam e criticam ferozmente os termos "Tremenda Bosta", "Che Fa Cagare", "Vinhos de Merda".

"Criticar, sim, mas com respeito!"

"Expulsem esse cara do grupo" (já fomos expulsos inúmeras vezes, mas para cada porta que fecha duas se abrem...)
 
 

"Não é possível conviver com tamanha vulgaridade"

E...... por aí vai...

Não há uma voz "eno-patridiota" que critique a propagandas enganosas dos nossos produtores predadores, os preços escorchantes praticados, a qualidade mais que dúbia, a subserviência dos blogueiros sem opinião (mas sempre à disposição) e as ridículas medalhas conquistadas e compradas em ridículos concursos  
 

Altos impostos, custos elevados, baixo consumo, transportes caríssimos, são algumas razões que os "eno-patridiotas" encontram para justificar todas as barbaridades que os produtores-predadores praticam, com impressionante regularidade, contra os enófilos brasileiros.

Meu linguajar, "chulo" e "ofensivo", foi até suave, educado e comedido se e quando comparado aos costumeiros insultos, contra a inteligência e bolsos dos consumidores, que os vorazes produtores praticam com incrível desfaçatez.

Eu, Dionísio, reafirmo que os vinhos criticados são "Tremendas e Caríssimas Bostas".
 

Continuemos....

Ontem, ao retornar à terra do PMDB (espero que o palavrão não melindre os virginais olhos e mentes dos eno-patridiotas), encontrei minha adega zerada.

Será que meus filhos se filiaram ao PMDB (olha o palavrão, de novo....) e assaltaram meus Brunello, Barolo, Puligny-Montrachet, Condrieu etc.?
 

A raiva quase me levou à violência, mas conclui que seria melhor violentar meu cartão e resolvi passear pelas prateleiras do Carrefour e garimpar algumas garrafas baratas

Italianos, franceses, chilenos, portugueses.... Meus olhos fixaram o alvo: Dão branco "Morgado de Silgueiros" 2016.
 

Já havia provado o "Morgado de Silgueiros" em Lisboa e na ocasião o baixo preço e a alta qualidade, do vinho, me impressionou.

Com 50% de Encruzado e 50% de Malvasia Fina, o "Morgado de Silgueiros 2016" apresenta uma bela cor amarelo-esverdeada, um nariz sutil que revela flores e cítricos, um paladar belo, marcante e nitidamente mineral.

Bom vinho, bela escolha, ótimo preço (R$ 46)

Recomendo, com vivo entusiasmo, o "Morgado de Silgueiros".
 

Garanto que, o bom vinho do Dão, já no segundo gole recuperará os neurônios dos mais imbecilizados defensores dos insultuosos "Leopoldina Gran Chardonnay" (R$109), "Guaspari Vista do Café Sauvignon Blanc" (R$ 140)

Não acabou.... Tem mais

Dionísio

4 comentários:

  1. boa dica, Dionísio! a Super Adega tá com um monte de boas opções portuguesas entre R$ 30 e R$ 50, especialmente vinhos verdes.

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  2. Vulgaridade na rede social, meu deus, ate quando?

    Di, primo meu que tem 30 anos a mais que eu e ja tomava vinho na decada de 70 (dos bons mesmo) ha muito tempo garimpa bons rotulos nos carrefours da vida.

    SDS.

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  3. Também sou adepto do garimpo de vinhos em supermercados, principalmente qdo possuem importação própria.
    Vinhos interessantes e bolso preservado.
    Att.

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  4. Ótima partilha! Certamente nada branco vindo da Serra gaúcha por esse preço será melhor. Aliás. Nunca provei um chardonnay nacional minimamente potável. Sempre com aquele amargor de Dipirona no final. Pena que o efeito Dipirona não acontece... O bicho da dor de cabeça e peso na consciência.
    Abraços!

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