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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

BOICOTE


 


Estou acompanhando, com muito interesse, o número de acesso e a quantidade de comentários na matéria "Mea Culpa".
 

Bacco, com suas frequentes ausências, perdeu um pouco o contato com a realidade do mundo vinícola brasileiro.
 

Bacco acha que a Mistral é a Defilla de Chiavari.

Não é!
 

A Defilla, quando vende um vinho, se responsabiliza por sua qualidade e normalidade: Garrafa, com qualquer problema, é imediatamente substituída.

A Defilla é uma exceção na Europa? Não, é a regra.

A Mistral aproveita o "bota fora" para fazer caixa, desovar pontas de estoque, eliminar possíveis garrafas com problemas e, para não perder o costume, ludibriar o consumidor.
 

A Mistral (e outra importadoras), para assim agir, conta com um pequeno exército de críticos, blogueiros, sommeliers etc. que, elogiando sempre e incondicionalmente, ajudam a empresa do senhor Lilla  a manter seu alto padrão de desprezo pelos consumidores.

Os nossos profi$$ionais do vinho, que vivem e sobrevivem orbitando o saco de importadoras e vinícolas, são obrigados a somente elogiar caso contrário a boquinha vai para o espaço.....
 

Gostaria que alguém apontasse um critico, sommelier, uma revista especializada etc. descendo a lenha nos desmandos, sacanagem e preços da Mistral.

Bacco se considera um Dom Quixote, mas eu estou longe de ser o Sancho Pança especialmente quando tomo conhecimento da quantidade de acesso (mais de 2.000) e dos, por enquanto, 25 comentários da matéria "Mea Culpa"

A Mistral ainda domina e esnoba os consumidores, mas a conscientização já começa a aparecer.
 

Somente e quando os Bilus Tetéias, Oscaritos me Daut um dinheiro aí, Marcelos Com-Pelo, sommeliers campeões disso e daquilo, AB$, $BAV etc., deixarem de ser lambe-bundas dos poderosos do vinho, algo novo e melhor acontecerá.

Não acredito que os lambe-bundas acima adotem posturas mais sérias, mas acredito que uma semente acaba de germinar e, no futuro, obrigará os predadores do vinho a mudar de postura.
 

Boicote, já!

Dionísio.

   

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

MEA CULPA


Ontem (domingo) convidei um amigo para o almoço.
 

 Resolvi recepcioná-lo com classe: abri duas garrafas do recém adquirido, na Mistral, "Etna Bianco" 2010 da "Tenuta delle Terre Nere".
 
 
 

Antes de resfriar as garrafas sempre as abro para verificar se o vinho apresenta alguma anomalia.

Uma cheirada e um gole são suficientes para me convencer e tranquilizar.

Já olhando a cor fiquei apreensivo: O amarelo carregado em nada lembrava o dourado luminoso dos Etna Bianco que bebi na Itália.

 
Levei a taça à boca e minha apreensão virou certeza: o vinho revelava claros sinais de decadência.

Paciência, pensei, e abri uma segunda garrafa.

Pior que a primeira.

Abri a terceira e...... não posso repetir os palavrões que proferi contra a Mistral.
 

Pensei em devolver os vinhos, mas lembrei de um cartaz, exposto e bem visível, na loja de Brasília: "Os vinhos de Ponta de Estoque têm uma condição muito especial de venda e por esta razão não poderão ser trocados".

Só faltou um sonoro: "DANE-SE"
 

Muita auto-suficiência, uma boa dose arrogância e um razoável conhecimento do Etna Bianco não me deixaram baixar a guarda e não dei bola ao sábio alerta do leitor Paulo Renato Soares que, em um comentário, escrevia:  "Muito cuidado, ano passado comprei alguns vinhos na promoção da Vinci. Alguns estavam lixados. Lembro perfeitamente de um Fiano di Avelino Colli di Lapio 2009. O 2008 estava íntegro, mas o 2009...."

Respondi que olhara líquido da garrafa e que tudo parecia na mais santa ordem: a cor era igual e não havia diferença entre elas o que me convenceu da integridade do vinho.

Errado!

A cor era igual porque todas as garrafas apresentavam o mesmo problema: Todos os vinhos haviam dobrado o cabo da...... Mistral.
 

Inconformado e incrédulo pensei: "O Etna Bianco é um vinho com grande aptidão ao envelhecimento. Já bebi garrafas com 10-12 anos que não davam sinais de decadência. Ainda na semana passada abri um Etna Bianco da Cantina Benanti, de 2011, que estava perfeito e que poderia aguentar por mais 5-8 anos. O que teria acontecido, então, ao Etna Bianco da "Tenuta delle Terre Nere"?
 

Só há uma razão plausível: Armazenagem inadequada.

A Mistral vende uma imagem de seriedade, de alto profissionalismo, de perfeito controle de temperatura em seus armazéns etc.

Bobagem e falsa informação.

Um vinho como o Etna Bianco, com pouco mais de seis anos de vida, não pode apresentar oxidação adiantada se bem armazenado.

O pior: A Mistral sabia que o vinho estava estragado e, assim mesmo, o colocou à venda.
 
 

A Mistral continua, como sempre, predadora e agora, também, trapaceira.

Paulo Renato Soares, perdoe, se puder, minha ignorância e presunção.

Bacco

 

 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ETNA BIANCO


 


Bebi, pela primeira vez, o Etna Bianco "Tenuta delle Terre Nere", no "Nanin", meu restaurante preferido de Chiavari.
 
 

O chef Marco, além de grande interprete da cozinha lígure, é um tremendo apreciador e conhecedor de vinhos.

Marco não erra uma!

Da adega do Nanin já bebi Chevalier Bâtard Montrachet, Clivi di Brazan, Coroncino, Montepulciano D'Abruzzo, Etna Bianco etc.

A última grata surpresa que provei no "Nanin" foi um Etna Bianco.

 

 É, justamente, sobre este vinho que gostaria de escrever algumas linhas.

A Sicília, esplendida ilha italiana, rica de história, cultura, tradições é, também, uma região de ótima gastronomia e grandes vinhos.

Na Sicilia há inúmeras uvas autóctones: Nero D'Avola, Frappato, Nerello Mascalese, Nerello Cappuccio, Catarratto, Inzolia, Zibibbo, Carricante, Grillo etc.
 

A ilha possui um enorme patrimônio enológico e não precisaria "importar" uvas internacionais para conquistar mercados, todavia, vários produtores, imediatistas e de curta visão, tentaram transformar a Sicilia em uma nova Califórnia.

Resultado: um dos piores Chardonnay, que bebi na minha vida, (nacionais exclusos) foi produzido pela siciliana, Planeta: PAVOROSO!

Vamos falar então de vinhos sicilianos sérios....

Uma das mais belas cidades da Itália é Taormina

Sentado na escadaria do milenar teatro romano, de Taormina, é possível apreciar uma paisagem de tirar o fôlego.
 

O cartão postal une a cidade, o mar e o Etna nevado, no horizonte.

O gigantesco Etna parece pouco distante, mas 60 km o separam de Taormina.

Percorri as estradas do Etna e recomendo, aos turistas que se aventurarem na região, um guarda roupa de roupas escuras: As terras vulcânicas são pretas.

O Etna, o vulcão mais alto (3.276 m) e mais ativo da Europa, com suas contínuas erupções transformou o território de suas encostas em uma complexa colcha de retalhos onde, em apenas algumas centenas de metros, é possível encontrar terrenos com características totalmente diversas.

 
A viticultura, em uma paisagem quase lunar, só poderia ser do outro mundo.....

As vinhas de Nerello Mascalese, Nerello Cappuccio, Carricante Catarratto, típicas do Etna, são cultivadas nas encostas do vulcão entre 400 e 1.000 metros de altitude.

Tal altitude provoca, durante o verão siciliano, excursões térmicas de até 30 graus.

As uvas Carricante e Catarratto, utilizadas na vinificação do "Etna Bianco", são cultivadas em apenas 4% da superfície do Etna.
 

 Os 96% restantes das vinhas são de Nerello Mascalese e Nerello Cappuccio cujas uvas são utilizadas na produção do "Etna Rosso".

O "Etna Bianco" é um vinho escasso e caro (para os padrões italianos) e uma garrafa de prestígio pode alcançar os 30/40 Euros.

O "Etna Bianco" 2015, que provei no "Nanin", o branco "base" da vinícola "Tenuta delle Terre Nere" (quinta das terras pretas), é uma assemblage de Carricante, Catarratto, Inzolia, Grecanico, Minnella.

Vinho de extraordinário frescor, bem seco, aromas que lembram tomilho, cítricos, flores.

Na boca é persistente, agradável, sedutor. 

Grande vinho.

O vinho "base", da "Tenuta delle Terre nere", aguçou minha curiosidade e, apesar do preço salgado (34 Euros), a tentação acabou vencendo e comprei uma garrafa do "Etna Bianco Cuvée delle Vigne Niche" 2012.
 

O "Vigne Niche" é vinificado com 100% de uvas "Carricante" provenientes de quatro pequenas vinhas da propriedade.

O "Vigne Niche" fermenta e afina em tonéis de madeira de 1.000 litros.

A madeira, bem dosada e bem usada, confere ainda mais complexidade ao "Etna Bianco".

O vinho, quase "gordo" na boca, é fresco, fácil de beber, complexo e muito elegante

O "Etna Bianco Vigne Niche" entrou na minha galeria de grandes vinhos.

O impossível acontece......

Visitando um amigo, a conversa, como sempre, enveredou pelo caminho dos vinhos.

"Acabei de receber duas garrafas desse vinho. Você conhece?"

Para minha surpresa o amigo estava segurando uma garrafa de "Etna Bianco Vigne Niche" 2010.

"Onde você comprou ?", indaguei.
Na Mistral que está liquidando e paguei R$ 139. O preço está bom?
 
Caros amigos, é a primeira vez que vejo uma importadora vender vinhos quase pelo mesmo preço que eu pago na Itália.

O "Vigne Niche" custa, na Itália, 35/40 Euros.

Sem delonga e quase voando fui ate a Mistral de Brasília e arrematei as 4 garrafas "Etna Bianco Vigne Niche" 2010 que ainda havia no estoque.

Só há uma explicação: O preço está barato talvez por falta de informação do "sommelier" da casa que, certamente, desconhece a longevidade do "Vigne Niche".

 Ainda bem que os profissionais da Mistral não conhecem o Etna Bianco..... O Etna Bianco 2010 está saindo da puberdade.
 

Se encontrarem, ainda algumas garrafas, comprem correndo

Bacco 

 
 
  

 
 
 

 
 

 

 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ELES MERECEM


Você merece

A matéria de Dionísio "Maria-sei-lá-das-quantas" obteve 1.350 acessos.

O Facebook foi responsável por 1.106 deles e os 244 restantes vieram de outras fontes.
 
 

É fácil perceber, então, que o Facebook e o nosso maior parceiro.

É justamente no Face que Dionísio está levando avalanches de bordoadas quando ataca a demente ganância de nossos produtores de vinho.

Dionísio esbraveja, reclama e não se conforma com a passividade dos consumidores ".... a total ignorância e passividade dos enófilos que são roubados, não reclamam e defendem a Valduga, me irrita."

Um inútil discurso.

Vejam algumas bordoadas que Dionísio levou:
 
 

Ganhei de presente, loka de linda. Vou beber e achar o máximo!https://static.xx.fbcdn.net/images/emoji.php/v7/fd0/1/16/1f602.png

 

iQue é caro não tenho dúvida, mas até aí falar que não é bom é diferente... é muito bom!!!

 

Não posso falar sobre padrão de qualidade, pois cada um tem um gosto e uma condição financeira, já bebi muita coisa boa... muita mesmo, mas não acho a Maria Valduga ruim, apenas cara, como todos os vinhos no Brasil, todos aqui são caros, importados ou nacionais...

 

iEsquece... ok. Só não acho legal denegrir a imagem do produto de ninguém.

 

Cada um coloca o valor que quiser no seu produto.... e compra quem quer.

 

Acho um espumante honesto, a bebida não justifica o valor, o valor aí está associado a estória de Maria Valduga e a produção limitada! A Casa Valduga faz bons vinhos

 

Não teve ninguém esculhambando a Valduga e seus preços escorchantes; somente, elogios.
 
 

Respondo ao Dionísio...

"Dionísio, se você tiver acesso à pesquisa da CNT perceberá que Lula, apesar de todas as evidências contra ele e família, detém mais de 30% das intenções de voto para presidência da republica.

Destruiu a economia, banalizou a corrupção, quase enterrou a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, BNDES etc.

Inúmero e fieis correligionários, ministros, colaboradores e amigos estão na cadeia.

 Nada disso adianta: Povo adora merda e adora viver na merda.

O espumante "Maria Valduga" continuará, mesmo tendo um preço pornográfico, vendendo e sendo apreciado por um enorme exército de idiotas.

Lula e Valduga sabem que idiota e igual caspa que às vezes diminui, mas nunca acaba".
 
 

Vamos falar de coisas sérias.

Minha próxima matéria: Etna Bianco.

Bacco

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

MARIA-SEI-LÁ-DAS-QUANTAS



Não costumo discordar de Bacco, mas acho que meu amigo não anda bem informado.
 

Bacco revela, em sua última matéria, que o espumante da casa Verruga (ops) Valduga, "Maria-sei-lá-das-quantas", custa R$ 195.


 

Errado!

Na vitrine de uma loja de Brasília, na 404 Sul, o espumante gaúcho ostenta um cartaz anunciando, orgulhosamente, seu pornográfico preço: R$ 230.

 

Confesso que jamais poderei provar, nem em sonho, os encantos da Maria Valduga....

 Há Marias bem melhores, mais baratas,  acessíveis e disponíveis, em outras casas da zona.

A embalagem, como costuma ser quando o produto deixa a desejar, é espetacular e tenta doar uma conotação de impar qualidade ao produto: A garrafa, da Maria-sei-lá-das-quantas-Valduga, é um primor!

 

O problema é o líquido em seu interior.

Conheço os produtos da Valduga e sei, perfeitamente, que naquela garrafa há, apenas, um modesto e banal espumante.

70 Euros por um espumante gaúcho?

Enlouqueceram?

Estão nos chamando de otários?

Vejam:


 



52,90 € 
 
 
 
 


 


En ligne En magasin (3)
Vendu par Auchan 
57,70 €

 
 
En ligne En magasin (3)
Vendu par Auchan 
20,90

 


Querem mais?

Vejam o preço de alguns, ótimos, italianos
 
SPUMANTE FERRARI ''MAXIMUM'' BRUT cl 37,5
Disponibilità: Disponibile
13,50 €
Confezioni regalo disponibili e selezionabili in checkout
 
 

Franciacorta Alma Brut

FRANCIACORTA BELLAVISTA ''ALMA'' BRUT
€ 25,50
 
 
A predadora Valduga aproveita os preços escorchantes das importadoras-predadoras para meter a faca nas entranhas dos consumidores brasileiros que pagam preços absurdos por espumantes ridículos.
Valduga, pega sua Maria-sei-lá-das-quantas e ....
Dionísio