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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

FRIULI-VENEZIA GIULIA II



 

Deixando o Friuli-Venezia Giulia da guerra, voltemos ao Friuli dos vinhos.

Poucos enófilos brasileiros conhecem o Friuli-Venezia Giulia vinícola.
 
 
 

 Distante dos mais badalados endereços turísticos, o pouco conhecido Friuli-Venezia Giulia das taças, não é exatamente a Meca dos enófilos brasileiros.

A região não produz aquelas caríssimas e badaladas etiquetas que provocam frisson e fazem brilhar os olhos dos "eno-tontos".

O Friuli-Venezia Giulia, apesar de inundar o mercado com milhões de litros de Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, não comercializa nenhuma etiqueta renomada que possa despertar o interesse dos adoradores dos "Supertuscans" (Solaia, Sassicaia, Ornellaia e outros AIAS).

No Friuli-Venezia Giulia não há os badalados Brunello, Barolo, Barbaresco, Amarone e outros ícones da viticultura italiana, razão pela qual é solenemente ignorado pelos críticos, importadores e consumidores tupiniquins.
 

Alguém já leu ou ouviu um de nossos gurus das vinhas e vinhos, comentar, noticiar, elogiar etc. o Schioppettino, Malvasia Istriana, Verduzzo, Ribolla Gialla, Friulano, Ramandolo, Tezzelenghe, Refosco dal penduncolo rosso e o incrível Picolit?
 

Duvido e duvido muito.

Picolit?

Perguntem ao Bilu Didu Tetéia, sobre o raríssimo vinho friulano e ele, certamente, responderá que o único Picolit que ele conhece é aquele que está dormindo atrás da "folha natureba"....
 

O Friuli-Venezia Giulia, em seus 19.000 hectares de vinhedos, acredite quem quiser, reserva apenas em 5.000 deles para o cultivo de uvas autóctones.

Nos 14.000 hectares, restantes, imperam vinhas de Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Sauvignon, Pinot Grigio, etc. etc. etc.

Um verdadeiro paraíso das uvas internacionais.

Os Merlot, Chardonnay, Cabernet Sauvignon, produzidos no Friuli-Venezia Giulia, me fizeram acreditar, não em um paraíso, mas num purgatório vinícola.....
 

A grande maioria deles "fa cagare".
 

Não tenho dados confiáveis, mas acredito que o Friuli-Venezia Giulia seja, se não o maior, um dos maiores produtores de vinhos "internacionais" da Itália.

Um pouco de história para iluminar as mentes dos professores da AB$......

No final do século XIX a filoxera não ignorou as vinhas do Friuli-Venezia Giulia, muito pelo contrario; as dizimou.

Os viticultores locais, depois da desgraça, experimentaram todas as castas para tentar encontrar as que poderiam resistir à praga.

O desespero foi tanto que até as rainhas do Rio Grande do Sul, Santa Isabel e Niágara, foram cogitadas.
 

No início do século XX veio a sentença final: Um diretor, do instituto químico-agrário de Gorizia, declarava: "..... várias videiras estrangeiras demonstraram que podem produzir, em nossa província, vinhos muito superiores aos obtidos com nossas castas autóctones".

As videiras autóctones, que a filoxera havia "esquecido" de destruir, o diretor do instituto mandou para o espaço.

De 1904 a 1907 foram produzidas e distribuídas, entre os viticultores, 2 milhões de mudas de Merlot e Riesling.

 Apenas a Ribolla Gialla, Verduzzo e Refosco escaparam da "invasão francesa".


O Friuli-Venezia Giulia produz um mar de vinho tinto barato que, desde então, nunca conseguiu conquistar ou seduzir taças sofisticadas.

Alguém perguntaria: "...... mas os Supertuscans (Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc) da Maremma alcançam taças refinadas e preços astronômicos"

Concordo, mas no Friuli-Venezia Giulia não há riquíssimos nobres industriais que podem seduzir corações e comprar canetas... Bastaria lembrar que, nos 19.000 hectares de vinhedos, convivem 9.000 viticultores.

É muito difícil que em propriedades, cuja média é de pouco mais de 2 hectares, surja um Antinori Solaia.....

Uma prova?

Josko Gravner, o maior ícone da região, produz dois vinhos tintos com uvas Merlot e Cabernet Sauvignon.
 

Todos conhecem os brancos do Gravner ,mas alguém já bebeu "Rosso Breg" ou "Rosso Gravner"?

Ninguém?

Ok, mas todos beberam ou conhecem o "Sassicaia"......

O Friuli-Venezia Giulia jamais será lembrado pelos vinhos tintos, em compensação, seus brancos.....

Na próxima: Os grandes brancos do Friuli-Venezia Giulia.
 
Bacco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

FRIULI-VENEZIA GIULIA




 

Um dos bons endereços de Chiavari, para se comer e beber boas garrafas, é, sem dúvidas, o restaurante "Vino e Cucina".

O "Vino e Cucina" é tocado por Antonio que, além de proprietário, é competente e experiente sommelier.
 

Os sommeliers, na Itália, são profissionais respeitados e jamais encontram cera de depilar, lanolina, carne gordurosa mal passada, ou outras idiotices que seus quase-colegas brasileiros conseguem descobrir em uma simples taça de vinho.

 Os sommeliers italianos são, normalmente, sérios e confiáveis.

Antonio sempre foi feliz ao propor boas taças, especialmente, quando se leva em conta o quesito "custo-benefício- qualidade".

Nunca vinhos badalados, caros, modernosos, banais, previsíveis...  Sempre etiquetas inteligentes e surpreendentes.

Em minha última visita, para o almoço, no "Vino e Cucina", Antonio, como de costume, mais uma vez me surpreendeu.


 "Hoje você vai provar este Ribolla Gialla".

Antonio abriu a garrafa, derramou um pouco de vinho em sua taça, provou e em seguida me serviu.

Antes de continuar e comentar o vinho gostaria de fazer um pequeno passeio pelo Friuli-Venezia Giulia para "revelar" um pouco mais, desta quase desconhecida região, aos enófilos que seguem B&B.

O Friuli-Venezia Giulia é a região italiana que se localiza na parte mais norte- oriental da bota.

 

Confinante com a Áustria, Eslovênia, Mar Adriático e Veneto, a região, apresenta uma interessante mistura de culturas, línguas

Terra de violentos conflitos, o Friuli, é um verdadeiro museu, a céu aberto, da primeira guerra mundial. 
 

Palco de incríveis e sangrentas batalhas, o Friuli mereceria uma visita apenas para se conhecer aquilo que eu chamo de "Turismo da Guerra".

Trincheiras, fortificações, casamatas, trilhas militares e o mais incrível cemitério que eu já vi.

 

Em 1938, Mussolini, que adorava monumentos que exaltassem a grandeza do fascismo, mandou construir, em Redipuglia, um imenso mausoléu militar para homenagear aos 100.187 soldados italianos tombados, em batalha,  nas redondezas.

 

O cemitério, uma imensa escadaria de 22 degraus, degraus que medem 2,5 metros de altura por 12 de largura, impressiona, atordoa e deixa estupefatos os visitantes.

No Friuli-Venezia Giulia há um sem número de endereço que o turista inteligente não pode desprezar.

Além do "Turismo da Guerra" poderia indicar muitas outras "atrações", mas alongar em demasia a matéria poderia cansar.

Limitarei esta primeira etapa, então, para sugerir as localidades interessantes do ponto de vista vinícola e gastronômico.

Algumas cidades que devem ser visitadas pelos enófilos e amantes da boa mesa: Cormons, Oslavia, Prepotto, Corno di Rosazzo, Buttrio, Capriva Del Friuli, Oslavia.

 

Como "cidade pião", para percorrer as aldeias elencadas, recomendo a charmosa Cividale del Friuli.

Cividale, fundada por Julio Cesar, surpreendente até mesmo na entrada da cidade.

A "Ponte del Diavolo", (como há Pontes do Diabo na Itália......) sobre o rio Natisone, é um luxuoso abre alas que antecipa o que nos espera no centro histórico de Cividale del Friuli: Beleza, imponência e charme.

 

 Cividale, por sua situação geográfica, rede de hotéis, quantidade de bares e restaurante, se habilita como melhor cidade- base para se percorrer os mais importantes caminhos de vinhos região: Confira!

Para os glutões recomendo uma parada em "San Daniele del Friuli".

San Daniele produz um dos melhores presuntos da Bota e disputa, com Parma, as preferências dos paladares italianos.

 

Em San Daniele quase não há restaurantes clássicos ou tradicionais.

Na cidade os restaurantes são "sepultados" por dezenas de locais especializados que oferecem, no cardápio, um único protagonista: Sua majestade o PRESUNTO.

 

Se Tom Jobim tivesse nascido em San Daniele del Friuli, certamente, teria composto: "Presunto de Uma Nota Só...."

Presuntos de diversas curas (mínimo 13 meses) vários produtores (31 inscritos no consórcio), um sem numero de preços, qualidade e tipologia, fazem a festa e são as estrelas da gastronomia local.

A importância do presunto e tão significativa que já nos arredores da cidade se percebe, claramente, o aroma que emana de dezenas de estabelecimentos que armazenam centenas de milhares de unidades (quando se entra em San Daniele o aroma do presunto é intenso, apetitoso).


Aliás, um belo prato de presunto acompanhado por grissini e uma bela taça de Friulano, Ribolla Gialla, Malvasia Istriana, Vitovska....

Poderia discorrer horas sobre o Friuli-Venezia Giulia, mas o temor de me tornar pedante freia, prudentemente, o aprofundamento no assunto

Na próxima semana, o Friuli vinícola.

Bacco

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

CAPPUCCINO DE ERVILHAS




A receita é de um antepasto leve, saboroso, inventivo e fácil de preparar.

Na receita, Gianpietro, chef do "Le Colonne", usou, seguramente, ervilhas frescas, mas encontrá-las, frescas, no Brasil, não é tarefa das mais fáceis.

Cozinhei, então, aquelas congeladas da Daucy.

 

Pequenas e saborosas não fizeram feio e não deixaram saudade das italianas.

O Gorgonzola foi substituído por um queijo azul alemão.

 

                                  PREPARO  

 

Ferva 1/2 litro de água e adicione um pouco de sal.

Quando a água entrar em ebulição adicione um tablete de caldo de verduras.

 

Eu usei aqueles da Knorr que o nosso chef mor, Alex Atala, recomendou em uma campanha publicitária e que até hoje não sei o que motivou sua retirada das prateleiras brasileiras.

Na Itália continuam sendo comercializados normalmente e são de boa qualidade.

 

Em seguida jogue na água fervente o conteúdo de um saquinho de ervilhas (não é preciso descongelar).

Quando a fervura voltar deixe cozinhar por mais 2 minutos.

 Retire do fogo e bata as ervilhas no liquidificador juntando, aos poucos, o líquido da cocção até obter um creme com a densidade do yogurte.

Reserve o creme de ervilha.

Aqui começa a dificuldade.

 

Todos conhecem o "cappuccino" e todos sabem que o leite cria aquela espuma maravilhosa quando aquecido com vapor da máquina de café expresso.

Nem todos possuem o aparelho e, consequentemente, a espuma do leite nunca será igual àquela da receita original.

Sem problema.

Aqueça um pouco de leite, adicione o Gorgonzola ralado e misture com uma colher de pau até obter um creme não muito líquido.

Quando o queijo se incorporar ao leite despeje o creme de ervilha (tépido, se possível) em taças de vidro transparente e adicione o leite com Gorgonzola.

Decore com algumas pétalas de mini-rosas (rosas são comestíveis) e sirva.

Buon appetito

Bacco

 

 

 

 

sábado, 20 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS E SACO CHEIO


Terminaram, finalmente, as olimpíadas e meu saco cheio agradeceu.

Juro que não estava mais aguentando ver disputas de esporte que não curto, não suporto e que de olímpico pouco ou nada tem.
 

Nomes aos bois?

Badminton, futebol feminino, judô, handebol, golfe etc.

Em poucos dias já terei esquecido "heróis" que não conhecia há quinze dias, heróis que nunca me fizeram falta e que nunca lembrarei no futuro.
 

Com o final dos jogos, por um salutar bom tempo, deixarão a "passarela da vaidade", o Eduardo "canguru" Paes, o Galvão "Miolo" Bueno, e todos os narradores que se esgoelaram de tanto gritar parecendo galinhas de Angola.
 

Acabou a festa e vamos voltar ao nosso mundo, o mundo do "quase-vinho" nacional.

No mundo, de nosso "quase-vinho", ninguém merece nem uma medalha de lata.
 

 O nosso "campeão", Arrebola, continua percorrendo o Brasil tentando ganhar uns trocados, sugerindo e fazendo propaganda de vinhos quase sempre medíocres, o Bilu Didu Tetéia, com sua folha "cobre pinto", continua sendo o palhaço-mor dos eventos vinícolas do eixo Rio - São Paulo e agora, Brasília, os diretores da AB$,$BAV continuam viajando comendo e bebendo de graça por conta de importadoras e produtores de vinho e..... a mediocridade continua.

Uma novidade: Jorge Lucki cai do pedestal.
 
 

Não sigo, regularmente, o Lucki no "Momento do Brinde", mas seus últimos comentários, sobre a Itália e seus vinhos, aguçaram minha curiosidade.

 Jorge responde às perguntas do Sardemberg e comenta vinhos, de qualquer canto do planeta, com naturalidade segurança espantosas.

Não acredito que o Lucki e nem outro crítico qualquer, por mais preparado que seja, possa conhecer todos os vinhos e vinhas do planeta.

É impossível comentar vinhos da França, Itália, Portugal Chile, Espanha, Argentina, Austrália, África do Sul, Líbano, Israel, Geórgia etc. etc. etc., sem cair do cavalo.
 

É muita pretensão.

Na semana passada, comentando o Véneto vinícola, no "Momento do Brinde", Lucki cometeu uma belíssima sequência de erros.

Lucki, ao indicar um restaurante, imperdível, em Verona mencionou o famosíssimo e histórico "La Bottega del Vino".

Até aí, tudo bem, mas nosso comentarista comete, de cara, seu primeiro erro.
 

A "Bottega del Vino" é na realidade a "Antica Bottega del Vino".

Segundo erro: Jorge, no papo com o Sardemberg, afirma com todas as letras que "bottega" significa, em italiano, "garrafa".

Garrafa, em italiano é "bottiglia" (se pronuncia bottilha).  

"Bottega" é uma bodega, lojinha, armazém etc.

Os erros são pequenos e denotam, apenas, pouco conhecimento da língua italiana, mas confirmam que tentar ser onisciente é perigoso, é impossível.

A importância dos deslizes linguísticos some no exato momento em que Lucki, do alto de seu trono, comenta o Prosecco.

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/jorge-lucki/2016/08/18/PROSECCO-ORIGINAL-FICA-NA-REGIAO-DO-VENETO.htm

Os cinco minutos do "Momentos do Brinde" não bastam para esgotar qualquer assunto do vinho, mas são mais que suficiente para revelar que o Jorge não é tão experiente e infalível, assim....

Lucki afirma, com todas as letras, que o único Prosecco DOCG é aquele produzido na região de Conegliano e Valdobbiadene.

Nosso radiofônico guru esquece e ignora o "Asolo Prosecco DOCG".
 




 

Asolo, belíssima aldeia da província de Treviso, distante 60 km de Conegliano e 45 km de Valdobbiadene, também ostenta , desde 2010, em suas garrafas, a denominação DOCG.
 

Em nosso deserto vinícola, sempre considerei Jorge Lucki o melhor e mais bem preparado de nossos críticos, mas, também, sempre desconfiei que houvesse bastante "Google" em seus comentários.

 


Desconfiava...... Agora tenho certeza.

Dionísio

 


 






 
 
 


 
 
 

OLIMPÍADAS E SACO CHEIO


Terminaram, finalmente, as olimpíadas e meu saco cheio agradeceu.

Juro que não estava mais aguentando ver disputas de esporte que não curto, não suporto e que de olímpico pouco ou nada tem.
 

Nomes aos bois?

Badminton, futebol feminino, judô, handebol, golfe etc.

Em poucos dias já terei esquecido "heróis" que não conhecia há quinze dias, heróis que nunca me fizeram falta e que nunca lembrarei no futuro.
 

Com o final dos jogos, por um salutar bom tempo, deixarão a "passarela da vaidade", o Eduardo "canguru" Paes, o Galvão "Miolo" Bueno, e todos os narradores que se esgoelaram de tanto gritar parecendo galinhas de ngola.
 

Acabou a festa e vamos voltar ao nosso mundo, o mundo do "quase-vinho" nacional.

No mundo, de nosso "quase-vinho", ninguém merece nem uma medalha de lata.
 

 O nosso "campeão" Arrebola continua percorrendo o Brasil tentando ganhar uns trocados, sugerindo e fazendo propaganda de vinhos quase sempre medíocres, o Bilu Didu Tetéia, com sua folha "cobre pinto", continua sendo o palhaço-mor dos eventos vinícolas do eixo Rio - São Paulo e agora, Brasília, os diretores da AB$,$BAV continuam viajando comendo e bebendo de graça por conta de importadoras e produtores de vinho e..... a mediocridade continua.

Uma novidade: Jorge Lucki cai do pedestal.
 
 

Não sigo, regularmente, o Lucki no "Momento do Brinde", mas seus últimos comentários, sobre a Itália e seus vinhos, aguçaram minha curiosidade.

 Jorge responde, às perguntas do Sardemberg e comenta vinhos, de qualquer canto do planeta, com naturalidade segurança espantosas.

Não acredito que o Lucki e nem outro crítico qualquer, por mais preparado que seja, possa conhecer todos os vinhos e vinhas do planeta.

É impossível comentar vinhos da França, Itália, Portugal Chile, Espanha, Argentina, Austrália, África do Sul, Líbano, Israel, Geórgia etc. etc. etc., sem cair do cavalo.
 

É muita pretensão.

Na semana passada, comentando o Véneto vinícola, no "Momento do Brinde", Lucki cometeu uma belíssima sequência de erros.

Lucki, ao indicar um restaurante, imperdível, em Verona mencionou o famosíssimo e histórico "La Bottega del Vino".

Até aí, tudo bem, mas nosso comentarista comete, de cara, seu primeiro erro.
 

A "Bottega del Vino" é na realidade a "Antica Bottega del Vino".

Segundo erro: Jorge, no papo com o Sardemberg, afirma com todas as letras que "bottega" significa, em italiano, "garrafa".

Garrafa, em italiano é "bottiglia" (se pronuncia bottilha).  

"Bottega" é uma bodega, lojinha, armazém etc.

Os erros são pequenos e denotam, apenas, pouco conhecimento da língua italiana, mas confirmam que tentar ser onisciente é perigoso, é impossível.

A importância dos deslizes linguísticos some no exato momento em que Lucki, do alto de seu trono, comenta o Prosecco.

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/jorge-lucki/2016/08/18/PROSECCO-ORIGINAL-FICA-NA-REGIAO-DO-VENETO.htm

Os cinco minutos do "Momentos do Brinde" não bastam para esgotar qualquer assunto do vinho, mas são mais que suficiente para revelar que o Jorge não é tão experiente e infalível, assim....

Lucki afirma, com todas as letras, que o único Prosecco DOCG é aquele produzido na região de Conegliano e Valdobbiadene.

Nosso radiofônico guru esquece e ignora o "Asolo Prosecco DOCG".
 



 
Asolo, belíssima aldeia da província de Treviso, distante 60 km de Conegliano e 45 km de Valdobbiadene, também ostenta, desde 2010, em suas garrafas a denominação DOCG.
 
Em nosso deserto vinícola, sempre considerei Jorge Lucki o melhor e mais bem preparado de nossos críticos, mas, também, sempre desconfiei que houvesse bastante "Google" em seus comentários.

 

Desconfiava...... Agora tenho certeza.

 
 
 




 
 
 


 
 
 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

CASA DA MÃE JOANA




Todos sabem que nunca aceitamos um centavo, de quem quer seja, nem quando elogiamos e muito menos quando descemos a lenha.
 
 
 
 

No início algumas tentativas de aliciamento aconteceram, mas quando o pessoal, das vinhas e vinhos, percebeu que não fazíamos parte da turma picareta do "toma lá dá cá", marca registrada de nossos críticos, sommeliers, formadores de opinião etc., resolveu ignorar nossa incomoda presença.

A nossa independência e liberdade de escrever o que bem entendemos, se origina no fato de não termos rabo preso com ninguém (importadores, produtores, lojistas etc.).

 
Outra característica de B&B: sempre publicamos todos os comentários, sejam favoráveis ou não.

Somente duas vezes, quando exaltados produtores gaúchos "elogiaram" nossas mães com adjetivos impublicáveis , deletamos as intervenções.

Semana passada fomos obrigados a apagar mais um comentário e transformá-lo em matéria.

Tudo começou com esta mensagem do Daniel


Obrigado pelas dicas e esclarecimentos. Como iniciante neste mundo do vinho, suas informações me ajudou muito. Inclusive, quase adquirir uma caixa de tormentas. Ainda bem encontrei seu blog. Encontrei esse vinho numa loja virtual, http://www.ivini.com.br/products/thilibas-vermentino-di-gallura-docg-superiore-2012. Será que estar num preço justo? Daniel

 

Como sempre respondemos e aproveitamos a ocasião para alertar, o Daniel, que a importadora estava exagerando no preço.
 

Vejam





Pela caixa de tormentas, quase comprada, você deverá rezar , de joelhos , 12 terços por dia e durante uma semana. Acho R$ 194,90 (55 euros) exagerados. O Thilibas, como afirmei, custa ,na Itália 10,60 Euros no supermercado. O importador deve ter pago 5 ou 6. Meteu a faca, como de costume

 

A importadora tomou conhecimento de nossa crítica e respondeu à mensagem do Daniel com o comentário abaixo.

 


Daniel, boa tarde! Fico feliz em saber que entrou em nosso site e encontrou o vinho que procurava. Ao observar o seu grande interesse no vinho Vermentino Thilibas e considerando que é um iniciante neste mundo delicioso, gostaríamos de te oferecer 20% de desconto neste vinho, para que você possa apreciá-lo, conhecendo os seus aromas e sabores, desta forma adquirindo cada vez mais conhecimento sobre o mundo dos vinhos.
Caso tenha interesse, pode falar diretamente comigo no número (1) xxxxxxxx ou se preferir no e-mail seguinte: xxxxxx@ixxxx.com.br

Será um prazer te oferecer essa experiência inesquecível!

 

 

Algumas coisas me irritaram:

 1º) A felicidade, do palhaço importador, que quase teve um orgasmo quando soube que o Daniel havia acessado o site da importadora e "encontrou o vinho que procurava".

 

 2º) O palhaço importador sabe perfeitamente que o Daniel nunca soube da existência do Thilibas até ler a matéria de B&B "Vermentino di Gallura Thilibas".

 3º) Sem uma única referencia ao blog e depois de tratar o Daniel como um perfeito idiota ".... considerando que é um iniciante neste mundo delicioso", a importadora oferece, espontaneamente, 20% de desconto.

A importadora picareta se condena ao conceder o desconto e assume, na prática, que os R$ 194,90 são exagerados por um vinho que lhe custou, na origem, 5 Euros (R$18).

 

4º) Última grosseria: "Caso tenha interesse fale diretamente comigo...."

Tradução: "Mande B&B à merda e fale com quem sabe das coisas".

A importadora faz seu comercial, passeia por B&B, como se o blog fosse uma latrina da "Casa da Mãe Joana" e sai sorridente sem, ao menos, agradecer e dar a descarga 
 

Daniel, quem concede 20% de desconto, sem que ninguém os tenha solicitandos, pode tranquilamente chegar até 30%%.

Vá fundo e negocie, seja duro.... Os predadores estão com muita gordura.


Minha mensagem para a Ivini: IVINI, VÁ SER MAL-EDUCADO E ROUBAR ASSIM NA......

Dionísio