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quarta-feira, 27 de julho de 2016

A VOLTA II


 


Um comentário, na matéria "A Volta", proporcionou "A Volta II"
 
 
 
 

 


mais uma matéria interessante, Dionísio. você tem informações sobre o perfil desses pedidos de retomada, se predominam grandes ou pequenos produtores? fico curioso para saber se as gigantes do setor estão de olho em expansão ainda maior ou se são unidades menores, cujas terras podem ainda estar em mãos das famílias dos viticultores.

 

Não acredito que os grandes produtores tenham entrado de sola nos pedidos para concessão de replantio de vinhedos.

Minha opinião se baseia em dados que não publiquei na "A Volta I", pois acreditei que ninguém quisesse saber mais.

Havia esquecido o Eduardo.....

 O Eduardo, assíduo leitor de nossas bobagens, quer sempre saber de tudo e..... mais um pouco.
 

Então, lá vai "mais um pouco".

O total autorizado, para (re) plantio, em 2016, foi de 6.376 hectares que equivalem a 1% do total da atual área cultivada na Itália.

Respondendo diretamente ao Eduardo: 5 hectares foi a média dos pedidos de plantio, ou replantio.

Não creio que os Miolos (moles) e Assalton italianos, Antinori (25 milhões de garrafas/ano), Mezzacorona (33 milhões), GIV Gruppo Italiano Vini (110 milhões), Zonin (40 milhões) etc. pleiteiem e se preocupem com míseros 5 hectares de vinhas.
a
(algumas etiquetas da GIV)

Os pedidos vieram de todos os cantos da Itália.

O Véneto pleiteou 3.800 hectares e recebeu a autorização para o plantio de 805.

Friuli e Venezia Giulia queriam 10.870 e receberam 238.

Puglia pleiteou 4.000 e recebeu 862.

Sicília exigia 4.700 e teve 1.000
 

E por aí vai.....

O Piemonte foi nota destoante: Havia disponibilidade para 471 hectares de novos vinhedos e a demanda foi de apenas 391.

Dionísio

4 comentários:

  1. mestre Dionísio, obrigado pelo complemento. com o tempo (claro que mais que os 3 anos necessários em solos abençoados, como o do RS), podem sair uns bons vinhos dessas áreas replantadas. e espero que essa tradição não seja descontinuada outras vezes...

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  2. Di, nao entendi uma coisa: Que direito (lei que pega) tem o governo italiano de me dizer que eu NAO posso plantar uvas e fazer vinhos na minha propriedade?

    Ou voce se referiu a permissao de novas licensas para DOC e DOCGs da vida ou vinhos em geral?



    Se for proibicao para qualquer tipo de vinho jamais vi algo tao burro e autoritario. Melhor plantar uva e fazer vinho na republica democratica da korea do norte.

    Controle + 2*custos = Contra-controle + 1*custos.



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  3. Grande Roedor, vamos por etapas. O sistema agrícola italiano é complexo e deve seguir regras e normas . Para preservar o bem estar de todos não se pode plantar o que se quer e onde se quer caso contrário vira zona.... Os grandes devorariam os pequenos e comandariam o mercado para fazer o que bem entendem (vide Miolo) com preços das uvas e prazos de pagamento aos viticultores. A CE também normatiza todas as atividades agrícolas de cada país. Mesmo com todos os cuidados fizeram cagadas: Pagaram para erradicar vinhas e agora pagam para replantar.Para não cometer novos erros(exageros) é necessário controlar. Todos querem plantar vinhas para obtenção da DOC ou DOCG . Ninguém é bobo para investir em uvas que produzirão vinhos de 2 Euros o litro deixando DOC e DOCG de 10/30 Euros a garrafa. Vc pode plantar vinhas em sua propriedade ,mas sem a autorização não tem acesso a créditos, DOC DOCG , IGT, etc. e vc será obrigado a vender seu vinho por 1 euro o litro na beira da estrada

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  4. Sugiro que algum dos Srs. façam uma pesquisa séria, de imersão pelo RS conversando in loco com os produtores de uvas, para ver quanto recebem por kg de uva das IPs e DO (ex. DO Vale dos Vinhedos, IP Pinto Bandeira, IP Monte Belo...) e qual a diferença R$ destas uvas para as produzidas pela Miolo, Valduga e Carraro de forma extensiva e vendida sob etiquetas exclusivas. Os resultados desta pesquisa poderiam ser apresentados na maior degustação técnica do mundo, a Avaliação Nacional de Vinhos que ocorre em setembro no RS sob atentos olhares de blogueiros e jornalistas que viajam free + pacote 'pança cheia' financiados pelos vinhateiros.

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