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quarta-feira, 24 de abril de 2024

ISORDIL - PLASIL

 


Antes publicar a presente matéria consultei o departamento jurídico de B&B e todos os 27 advogados recomendaram:

Leia com cuidado!!!!!



Antes de ler é preciso tomar 1 comprimido de Plasil e 1 de Isordil.



Boa sorte...

Na Itália, qualquer trabalhador, mesmo um varredor de rua, pode, sem estuprar sua frágil conta bancária, participar de eventos vinícolas em qualquer região da Bota.

Gastar 15/20 Euros, duas ou três vezes por ano, para quem ganha 1.100/1.300 Euros por mês, não leva ninguém à falência.



 

No Brasil, todavia, se um trabalhador resolver participar de um evento, de uma importadora ou vinícola, precisará deixar nas mãos dos predadores 30% - 40% de sua renda mensal.

Para dar uma ideia, da importância dos eventos, feiras, encontros, degustações e eno-turismo em geral, na Itália, pesquisei e encontrei algumas notícias que deixarão os enófilos brasileiros “contentíssimos”.



Saiu a nova edição de “Cantine d’Italia 2024” (Vinícolas da Itália 2024)

A nova edição, de “Cantine d’Italia”, em seu conteúdo, elenca, descreve e indica nada menos do que 852 vinícolas, que podem ser visitadas (Cantine Aperte) e 4.640 vinhos oferecidos nas degustações



  O preço?

O custo médio dos eventos é de 20,17 Euros sendo que a região Toscana apresenta a tarifa mais alta: 22,17 Euros.

Ficou com vontade de dar um pulo e visitar algumas vinícolas gastando 20 Euros?

Pena.....você está atrasado



Nos dias 23 e 24 de março a Go Wine patrocinou, em Alba, o evento “I Grandi Terroir del Barolo”.

Para degustar os 43 Barolo, dos 17 produtores abaixo elencados, você precisaria desembolsar 25 Euros.

 


🍷 ANNA MARIA ABBONA – Farigliano
Barolo del Comune di Castiglione Falletto 2020
Barolo Bricco San Pietro 2020
Barolo Riserva Bricco San Pietro 2016

🍷 BOASSO – Serralunga d’Alba
Barolo del Comune di Serralunga d’Alba 2020
Barolo Lazzarito 2020

🍷 BOLMIDA SILVANO – Monforte d’Alba
Barolo Le Coste di Monforte 2020
Barolo Bussia Vigna dei Fantini 2019



🍷 BRICCO MAIOLICA – Diano d’Alba
Barolo del Comune di Diano d’Alba Contadin 2020
Barolo del Comune di Diano d’Alba Contadin 2018

🍷 CASCINA CHICCO – Canale
Barolo Rocche di Castelletto 2020
Barolo Riserva Ginestra 2017

🍷 CASCINA GAVETTA – Novello
Barolo 2019
Barolo Corini Pallaretta 2018

🍷 DOSIO VIGNETI – La Morra
Barolo del Comune di La Morra 2020
Barolo Fossati 2020
Barolo Serradenari 2020

🍷 FORTEMASSO – Monforte d’Alba
Barolo Castelletto 2019
Barolo Riserva Castelletto 2017

🍷 MANZONE PAOLO – Serralunga d’Alba
Barolo del Comune di Serralunga d’Alba 2020
Barolo Meriame 2020
Barolo Riserva 2018

🍷 MANZONE GIOVANNI – Monforte d’Alba
Barolo Castelletto 2019
Barolo Gramolere 2019
Barolo Riserva Gramolere 2016



🍷 DIEGO MORRA – Verduno
Barolo del Comune di Verduno 2020
Barolo Monvigliero 2020

🍷 PIAZZO COMM. ARMANDO – Alba
Barolo Valente 2020
Barolo Sottocastello di Novello 2020
Barolo Riserva Sottocastello di Novello 2016

🍷 GUIDO PORRO – Serralunga d’Alba
Barolo Santa Caterina 2020
Barolo Lazzairasco 2019

🍷 REVA – Monforte d’Alba
Barolo 2020
Barolo Cannubi 2020
Barolo Ravera 2019

🍷 REVERDITO – La Morra
Barolo Ascheri 2019
Barolo Castagni 2019
Barolo Riserva 2016

🍷 SAN BIAGIO – La Morra
Barolo Capalot 2019
Barolo Galina 2019
Barolo Riserva Bricco di San Biagio 2018



🍷 SORDO – Castiglione Falletto
Barolo Ravera 2020
Barolo Gabutti 2019
Barolo Perno 2019

 Ficou com água na boca?

Não queria aumentar sua tristeza, mas meu lado sádico venceu, então.....

 


Vinícola Brasília abre as portas para o público

Publicado em 18/04/2024 - 10:05 Liana Sabovinhos



A inauguração geral será no aniversário de Brasília, em 21 de abril. Na oportunidade, o público poderá conhecer os novos rótulos produzidos pelo empreendimento

A expansão da vitivinicultura no Distrito Federal tem feito com que os olhares do país se voltem para os vinhos da cidade. Visando fomentar ainda mais esse cenário nasceu a Vinícola Brasília, um empreendimento composto por 10 vinhedos da cidade Casa Vitor, Ercoara, Horus, Marchese, Miro, Monte Alvor, Oma Sena, Alto Cerrado, Villa Triacca e Vista da Mata, com equipamentos e maquinários de uso comum para a produção de vinhos.

A partir de 21 de abril, o espaço, localizado no PDADF, estará aberto ao público, com a apresentação de cinco novos rótulos, além do aclamado Vinho Monumental Syrah, lançado em 2023 e reconhecido como um dos 16 vinhos mais representativos na Avaliação Nacional de Vinhos da safra do mesmo ano em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.



Os outros rótulos são: o Rosé Pilotis, um blend das uvas Syrah e Tempranillo com aroma delicado de cereja, ameixa e maçã; o Sauvignon Blanc Cobogó, vinho intenso e aromático com pera, melão, goiaba, figo e notas de arruda e broto de tomate; o Malbec Syrah Croqui, vinho tinto encorpado que harmoniza bem com carnes vermelha, suína, massas e queijos fortes; o Malbec Alvorada, vinho tinto encorpado amadurecido 18 meses em barricas de carvalho, com grande potencial de guarda; e o Syrah Alvorada, vinho tinto encorpado e amadurecido 12 meses em barricas de carvalho e fácil de harmonizar com uma grande diversidade de pratos, em especial carnes, aves e queijos fortes e maturados.



Para participar da inauguração é preciso adquirir o ingresso que custa R$ 440 (por pessoa), à venda no site. O evento será das 16h às 20h, com direito a visita guiada, vinhos da Vinícola Brasília, bufê Sweet Cake e água. Não está inclusa a degustação do Vinho Monumental.

“Além de produzir vinhos excepcionais, a Vinícola Brasília está comprometida em oferecer experiências enoturísticas memoráveis para seus visitantes. Tours pelos vinhedos, degustações guiadas, cursos de vinhos e eventos especiais estão sendo cuidadosamente planejados para celebrar não apenas o vinho, mas também a rica herança cultural dos pioneiros que ajudaram a moldar a história da região”, enfatizam os sócios.

 


Algumas informações: Em Alba, para degustar 43 Barolo você precisaria gastar 25 Euros (R$ 138)

Em Brasília, para servir de cobaia bebendo os vinhos produzidos no “Terroir dos Cupins”, você vai ser aliviado em nada módicos R$ 440 (80 Euros)

Consumo por capita Itália = 27,8 litros/ano

Consumo por capita Brasil = 2 litros/ano


 Um sincero obrigado aos nossos importadores e “PPP”

Dionísio


domingo, 21 de abril de 2024

O ENÓFILO BRASILEIRO É, ANTES DE TUDO, UM FORTE

 


Parece que a última matéria, escrita por Dionísio, “A Dois Passos do Paraíso”, despertou muito mais revolta contra os preços das “desgustações” das importadoras do que os valores dos vinhos nacionais praticados pelos P P P” (Produtores Picaretas Predadores)

Falha minha por não ter aprofundado meus conhecimentos e consequentemente quase nunca ter dedicado algumas linhas sobre a escancarada picaretagem que importadoras e “P P P” praticam quando promovem patéticas “desgustações”.



Há, todavia, uma justificativa para minha declarada ignorância.

 Nos anos 1990 era assíduo frequentador de eventos das importadoras (lembram da finada Expand?), da AB$ e dos “P P P”, mas aos poucos e já então, percebi que estava bancado o idiota.

Preços elevados, quantidades microscópicas, vinhos banais, eram as normas e regras que norteavam, naqueles anos, os eno-eventos.



Enterrei, definitivamente, as “desgustações” em território nacional, quando, no final dos anos 1990, comecei a frequentar eventos similares na Itália.

Não lembro quantas feiras e encontros de vinhos frequentei.

Todas as semanas e em todas as regiões havia (e há) um festival de Barolo, Barbera, Champagne, Soave, Sangiovese, Gattinara, Boca, Timorasso, Pigato, Chablis, Verdicchio, Incrocio Manzoni, Grignolino, Brunello di Montalcino e um infinidade de outros vinhos, que podiam ser degustados, à vontade e sem limites, por 10/15 mil das finadas Liras



  Foi então que, parafraseando Euclides da Cunha, me convenci que o O enófilo brasileiro é, antes de tudo um forte.....mas solenemente enrabado



Não quero me prolongar sobre os já sobejamente conhecidos absurdos praticados pelos “P P P” e importadoras, mas posso afirmar, com absoluta certeza que há, na Itália, todas as semanas e em todas as regiões, centenas de eno-eventos onde se pode beber, até cair, por 15/20/30 Euros.



Exemplos: As ruas Alba, no domingo 26 de maio, serão invadidas por dezenas de barracas para a realização de “A Festa dos Vinhos Piemonteses”

No evento, 90 produtores oferecerão, em degustação,  40 vinhos produzidos com as variedades autóctones piemontesas :Albarossa, Arneis, Avanà, Baratuciat, Barbera, Becuet, Bian Ver, Bonarda, Bussanello, Cari, Caricalasino, Cortese, Croatina,



 Dolcetto, Erbaluce, Favorita, Freisa, Gamba di pernice, Grignolino, Malvasia, Malvasia di Schierano, Malvasia moscata,



 Montanera, Moscato, Nascetta, Nebbiolo, Nebbiolo di Dronero, Neretto di San Giorgio, Pelaverga, Pelaverga Piccolo, Quagliano, Rossese bianco, Ruchè, Slarina,  Timorasso, Uva rara, Uvalino, Vespolina.



O custo do evento, com degustação ilimitada: 18 Euros (15 Euros se o convite for adquirido online).

Caso o enófilo seja fã dos vinhos toscanos, no dia 4 de maio, poderá visitar a bela e medieval aldeia, Castiglion Fiorentino e participar do “Valdichiana Wine Festival”.

No festival poderão ser degustados 200 vinhos dos seguintes produtores:

1.     Badini – CASTIGLION F.NO
2. Maestà Santa Luce – CASTIGLION F.NO
3. Tenuta Frassineto – AREZZO
4. Licinia – LUCIGNANO
5. Faralli – CORTONA
6. Tanganelli – CASTIGLION F.NO
7. Polezzi – CORTONA
8. La Pievuccia – CASTIGLION F.NO
9. I Vicini – CORTONA
10. Mariottini Wine – AREZZO
11. Podere Marella – CASTIGLION DEL LAGO
12. Santa Vittoria – FOIANO
13. Tenuta Angelici – CORTONA
14. Mazzeschi – CASTIGLION F.NO
15. Tenuta al Moro – CETONA
16. Buccelletti – CASTIGLION F.NO
17. Cantagallo – CORTONA



18. Poggio alle Monache – ASCIANO
19. San Luciano – MONTE S. SAVINO
20. Pie di Colle – CIVITELLA VALDICHIANA
21. Podere della Bruciata – MONTEPULCIANO
22. Canaio – CORTONA
23. Baldetti – CORTONA
24. Arnaldo Rossi – CASTIGLION F.NO
25. Baracchi – CORTONA
26. Carpineta – SINALUNGA
27. Mezzetti – CORTONA



28. Tiberini – MONTEPULCIANO
29. Vegni – CORTONA
30. Aggravi – SARTEANO
31. Duca della Corgna – CASTIGLION DEL LAGO
32. San Leo – AREZZO
33. Palazzo Vecchio – MONTEPULCIANO
34. Poggio Mori – SARTEANO
35. Poggio Pietroso – MONTE GABBIONE
36. Schiantolo Vini – MONTEPULCIANO
37. Podere Paradisino – MONTEPULCIANO
38. Cantina Mancini – MARCIANO

39. Fattoria Brena – CORTONA



40. La Peschiera – SARTEANO
41. Buccia Nera – AREZZO
42. IViti – CORTONA
43. Alfredo e Giovanni Speranza – CORTONA
44. San Ferdinando – CIVITELLA
45. Poggio Sorbello – CORTONA
46. Il Sosso – LUCIGNANO
47. Boscarelli – MONTEPULCIANO
48. Tenuta la Cella – AREZZO
49. Eredi Trevisan – CORTONA

Preço do ticket: 15 Euros (degustação ilimitada)

Caso o enófilo queira beber de tudo um pouco (ou muito...) dia 14 de abril (já era....) poderia ter visitado a belíssima Ferrara, participar, desembolsando apenas 12 Euros, do evento: “Calici di Primavera” (Taças de Primavera) e degustar os vinhos dos produtores:

Luca Bottura (Lombardia)- Distilleria Ceschia (Friuli Venezia Giulia)
La Vinarte (Abbruzzo) -De Riz (Veneto) -Nepos Villas (Veneto)
Angelo Maffione (Puglia) -Ca Bindola (Emilia Romagna)
X PRESE (Veneto) -Castiglia (Sardegna) - Poderi San Lazzaro (Marche)



La Source (Valle d’Aosta) - Vitevis – Ca’ Vegar (Veneto)
Simone Capecci (Marche) - Tenuta Vitalonga (Umbria)-                    Paesano Liquori (Sicilia) - L’Altracantina (Sicilia)
Nebbia e Sabbia (Emilia Romagna) - Chàteau Vrai Canon Boucè (Francia)



Louis Vallon (Francia) - Chàteau Martino (Francia)- Domaine Pavelot (Francia)
Chàteau Bèlingard (Francia) - Domus Hortae (Puglia)
La Pescinella (Toscana) –Corte Mamaor (Veneto)





Silvio Carta (Sardegna) - La Follonica (Marche)l
Tenute Mokarta(Sicilia) – Valsorda Winery (Lombardia)
Tirapelle (Veneto) – Camoi (Veneto) – Vigne al Colle
Mascarello (Piemonte) - Liquorificio La Culma (Piemonte)

Se o amigo enófilo correr, poderá participar, de 25 até 28 de abril, na estupenda San Quirico D’Orcia, do “Orcia Wine Festival” e degustar os grandes vinhos dos produtores:

Atrivm, Bagnaia, Campotondo, Capitoni Marco, Dirimpettaio,



 Donatella Cinelli Colombini, Fabbrica, La Canonica, La Grancia di Spedaletto, La Nascosta, Olivi – Le Buche, Palazzo Massaini, 





Podere Albiano, Poggio Grande, Roberto Mascelloni, Sampieri del Fa, Sassodisole, Tenuta Sanoner, Val d’Orcia Terre Senesi, Vegliena.

Preço da degustação ilimitada?

 1 dia = 18 Euros, 2 dias = 30 Euros

 Poderia continuar elencando dezenas e dezenas de feiras, festivais, eventos, encontros etc. de vinho, que todos os finais de semana invadem as ruas e praças, das cidades e aldeias italianas.

 Os enófilos, além de degustarem, o quanto o corpo pode aguentar, ganham uma taça e uma sacolinha com o nome do evento.

É preciso salientar que 15/20 Euros, preço médio praticado nos festivais, representam menos de 2% do salário mínimo italiano

Bacco

 Continua

 

 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

A DOIS PASSOS DO PARAÍSO

 


Já se passaram alguns anos e graças à assessoria dos diretores do departamento de “RD” (recursos desumanos), da Salton, Aurora, Garibaldi, a colheita de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Chardonnay, Sauvignon etc. etc. etc.  etc. está começando.



A mão de obra barata e paga com os juros provenientes da aplicação do que sobrou na compra dos milhares de hectares, surpreende o Bernard que já calcula o lucro que poderá obter quando seus os vinhos ganharem as prateleiras das lojas especializadas e supermercados.



Mas há um, porém..... Arnault precisará, nesta etapa, contratar eno-químicos (um novo ramo da enologia com profundas raízes tupiniquins).

Por qual razão?

 Os enólogos franceses não conseguirão vinificar as uvas nacionais com a mesma perfeição dos eno-químicos da Miolo, Guaspari, Carraro, Valduga, Geisse etc: os nossos eno-químicos estão anos luz à frente dos franceses no quesito “como batizar vinhos”



Os franceses entendem muito de “Grands Crus”, mas não conhecem os segredos obscuros e misteriosos para conseguir realizar nossos famosos “Grands Cus”.

Seleção, dos eno-químicos, terminada, contratos assinados, Arnault, mais uma vez se surpreenderá com a facilidade, tranquilidade e total liberdade, também, nesta etapa.

Ninguém controla, ninguém fiscaliza e no escurinho da adega basta ter um bom estoque de chips de madeira, leveduras de todas as origens, corantes, açúcar, aromatizantes à vontade e tudo mais que possa ajudar os eno-químicos e realizar os famosos milagres, marcas registradas que renderam famosos os incomparáveis vinhos nacionais.

Envelhecimento? É possível declarar 1 anos, 5 anos, 12 anos ou quantos anos quiser...ninguém controla

Chips de Carvalho Francês Leve Tosta (LT)



Passagem em barrique francesa? Pode usar “chips” de carvalho que mais uma vez não há controle ou fiscalização.

Aromas e sabores? Há leveduras disponíveis, no mercado, para todos os gostos e gastos.

Fermento Red Star Premier Classique (Montrachet) - 


 Mais alguns poucos meses e finalmente estarão prontos, engarrafados, etiquetados e embalados todos os “Grands Cus” que Arnault desejar

Não há quem controle se a uvas esmagadas são originarias desta, daquela, ou de outra vinha, se o tempo de envelhecimento é real e se foi realmente realizado em barrique, se a etiqueta espelha verdadeiramente o que há na garrafa......liberdade e descontrole total.

Tudo pronto, vinho engarrafado......falta “inventar” o nome dos “Grands Cus”.



O normal, comum, corriqueiro, seria homenagear um patriarca, uma matriarca ou um pioneiro da região, mas o nosso francês poderá simplesmente importar os nomes originais e “abrasileira-los”: “Nouveau Grand Cu Muro da Rocha”, “Nouveau Grand Cu Bastado do Monterachado”, “Nouveau Grand Cu lo Tacho”, “Grand Cu Bons Mares” “Grand Cu Benvindo Bastardo do Monterachado” ....

Tudo pronto?

Chegou a hora de faturar e faturar alto.

Pelo preço de 1 hectare do “Clos des Lambrays” Bernard comprou milhares de hectares, plantou vinhedos, montou uma vinícola completa, produziu milhões de garrafas e agora, com a ajuda das canetas$ de vida fácil, critico$, sommerdier$, influencer$, youtuber$, chega ao mercado com seus vinhos pelo mesmo preços de seus mais próximos concorrentes.

Os concorrentes?

Miolo-Sesmarias = R$ R$ 1.292 (244 Euros)

Miolo – Iride = R$ 443 (85 Euros)



Lidio Carraro – Grande Vindima = R$ 724 (137 Euros)

Lidio Carraro – Kairos R$ 790 (150 Euros)

Lidio Carraro – Vinum Amphorae R$ 1.315 (248 Euros)

Famiglia Valduga – Maria Valduga Brut R$ 549 (104 Euros)



Bueno Wines – Anima Gran Reserva R$ 1.007 (190 Euros)

Guaspari – Terroir Pinor Noir R$ 628 (120 Euros)

Bernard, ao ver que seus Grands Cus não “dormem” por muito tempo nas prateleiras e são levados para casa pelos eno-retardados tupiniquins por preços de Grands Crus franceses, de queixo caído, estupefato, se pergunta “O que estava fazendo na França? Aqui é o paraíso dos vinhos... não há normas, regras, fiscalização, controles ....nada de nada. Há um sem número de eno-tontos que compram garrafas, tremendas-bostas, pelo mesmo preço de um 1er Cru ou Grand Cru francês, a mão de obra é barata e os custos de produção são infinitamente mais baixos do que na Borgonha.  Sou um tremendo otário!  Estava há dois passos do paraíso e não sabia. Adieu Bourgogne, adieu Champagne, adieu Bordeaux...... Bonjour Brésil, je suis arrivé”.



Dionísio.